terça-feira, 24 de julho de 2012

Resumo do livro "O Cortiço"


Pessoal, não sei o que está acontecendo, mas o plano de fundo está ficando diferente do que eu escolhi.Já tentei fazer de tudo e não deu certo.Então deixo aí o resumo para vocês, e desculpe pelo plano de fundo :/                               

                               O Cortiço(1890) - Aluísio Azevedo                    



Autor 

  Aluísio Azevedo nasceu em Maranhão, no século XIX, quando o estado era um grande produtor de algodão.Dedicou-se a pintura, pois era o que realmente gostava de fazer.
  Fazia caricaturas em jornais e revistas satíricas, exercia crônicas opinativas e junto com outros autores mobilizou campanhas em favor da Abolição e da Proclamação da República.
  Suas obras denunciavam os vícios da vida pública(nepotismo) e o abuso de poder e a corrupção, reivindicando mudanças na vida política e social.
  Por não conseguir se sustentar com a pintura, abandonou-a.Seu primeiro romance foi “Uma Lágrima De Mulher”(1879).Seu livro, ”O Mulato” (1881), gerou um escândalo(possuía uma forte crítica).
  Aluísio continuou escrevendo para a imprensa, mas usando pseudônimos.Escreveu várias comédias, operetas e revistas teatrais ao mesmo tempo em que seguiu publicando seus contos e romances.Foi o primeiro escritor brasileiro a tentar viver da profissão.
  Seus romances sofreram influência de Emile Zola e Eça de Queiros.Neles ele denunciou a promiscuidade, miséria, fome, exploração e prostituição.
  Enfrentou enormes dificuldades de sobrevivência e, desgostoso com tanta instabilidade profissional, entrou para a carreira diplomática.


Características e observações

*Aluísio adotou as técnicas de observação e experimentação proposta por Emile Zola no livro "O Cortiço"

*Há o contraste entre a animalização instintiva do "Cortiço-povo" com a hipocrisia e futilidade do "sobrado-burguesia"

*Focaliza as relações entre o português(explorador do Brasil) obcecado pelo enriquecimento e o brasileiro, apresentado como povo fácil de ser explorado.

*Tema: ambição e exploração do homem pelo próprio homem

* O cortiço se iniciou com 3 casas e terminou 95

*Crítica ao capitalismo selvagem

*Apelido do cortiço : “Carapicu”, peixe que Bertoleza fritava no armazém

*O protagonista é o próprio Cortiço

* A bebida de Rita que “enfeitiçou” Jerônimo foi o CAFÉ

*Denúncia da vida nos cortiços, de uma organização econômica fraudulenta e desigual

*Obra realista-naturalista

*Determinismo cientificista: o meio pré-determina o indivíduo

*Narrador onisciente e observador, capta tudo, está dentro e fora de cada personagem

*No cortiço ocorre a miséria de todos para a fortuna de um só. O habitante torna-se preguiçoso e vencido, anulando-se os sonhos de ambição(como ocorre com Jerônimo)

*Zoomorfismo ou animalização: o homem agindo como um animal

*Darwinismo social (metamorfoses que passam as personagens atendendo à diversas leis)

*Técnica impressionista: mostra a impressão do narrador

*Técnica expressionista: é a distorção grotesca da realidade(tende ao doentio e mórbido)

*Sexualidade ostensiva

*Cromatismo

*Sinestesia: aflora dois sentidos ou mais.Exemplo: Estou sentindo o cheiro morno e doce do café.

*Aliterações(repetição de consoantes)

*Assonância(repetição de vogais)

*Uso de onomatopéias, metáforas e anacolutos

*Uso da linguagem culta para o narrador e da popular para as falas dos personagens


Tempo e espaço

  Ocorre junto com a vinda de italianos para o Brasil. O cortiço situa-se num bairro, perto de um morro onde há uma pedreira.
  As mulheres trabalhavam juntas lavando roupas, os homens na pedreira ou nas pequenas fabricas dos 
arredores.As festas sempre são as mesmas e as desgraças também.


Personagens: caracterizam estereótipos sociais.

João Romão: imigrante português, inescrupuloso, avaro, ambicioso, esperto,astuto, batalhador, era respeitado.O homem que deu inicio ao cortiço.Explorava os trabalhadores de modo brutal, aproveitava-se da ignorância de Bertoleza e construiu, com material roubado da vizinhança, o cortiço. A falta de escrúpulos e a gana pelo dinheiro tornou-se senhor dos “escravos” (trabalhadores do cortiço), patrão comerciante, especulador imobiliário, agiota, capitalista e “genro” de Miranda(através do casamento com sua filha tinha acesso ao capital dele). Sua trajetória de ascensão social se dá simultaneamente a uma degradação moral e ética.João Romão representava o modelo capitalista.

Bertoleza(viúva): “amigada” de João, era crioula e batalhadora.Era uma escrava fugitiva, apesar de não saber(pensava que era livre ). Era maltratada pelo companheiro. A prosperidade de João dá-se á custa de seu esmagamento.

Miranda: comerciante(possuía uma loja de tecidos), português que no livro representa a alta burguesia aristocratizada. A posse de sobrado(vendido por Jão Romão) representava seu sucesso alcançado.Era “ mau caráter” e cínico.Flagrou sua esposa com outro e não tomou nenhuma atitude, pois se eles se separassem Miranda perderia o dote dela.Procurava-a as vezes apenas para transar, sem afeto.

Estela: esposa Miranda, sua relação com ele é fruto de interesses.Simboliza as mulheres burgueses que não possuíam liberdade e eram entediadas.Logo, em fuga do tédio, levava uma vida fútil e mundana.

Henrique: morava com a família de Miranda, muito querido por Estela.Era estudioso, afeminado e mimado.Filho de um fazendeiro que fazia grandes compras na loja de Miranda, veio do interior para ingressar no curso de medicina. Era rico e suas “delicadezas de menina “ o tornou alvo de investimentos sexuais de D. Estela e do velho Botelho.Durante o livro seduz a fútil Leocádia.

Valentim: empregado da loja de Miranda.

Isaura: criada da família de Miranda, virgem, tola.

Leonar: negra, virgem, ligeira (‘lisa”).Criada da família de Miranda.

Botelho: velho que vivia no sobrado de Miranda, antipático, cabelos brancos, invejoso e rancoroso, avarento.Era um parasita, tentava obter vantagens materiais.Tinha a confiança de Miranda, e mais tarde, a de Jão Romão, não hesitando em chantageá-lo para promover o contato com Zulmirinha.

Leandra: representava a portuguesa feroz, berradora, sempre disposta á briga.Era conhecida como “Machona”.

Ana das Dores: filha de Leandra, separada do marido, morava em uma casa separada da mãe.

Neném: filha de Leandra, adolescente, virgem “com orgulho”.

Agostinho: filho de Leandra, levado, gritava muito.

Augusta Carne-mole: lavadeira, brasileira, branca, esposa de Alexandre.

Alexandre: mulato, 40 anos, soldado da policia, honesto, “levava a sério” seu trabalho.

Juju: filha de Alexandre e Augusta, morava com Leónie, sua madrinha.

Leónie: prostituta de elite.O autor descreve com detalhes a vida dessas mulheres que construíam fortunas á custa de satisfazer a luxúria de políticos, comerciantes e estudantes.

Bruno/Leocádia: representam o estereótipo dos moradores do Cortiço (ele, ferreiro/ela, lavadeira).

Paula, a Bruxa: cabocla velha, mística, feia, grossa.Sabia preparar feitiços e remédios e chás a base de plantas.É descrita em vários momentos como um animal.

Marciana: lavadeira, mulata antiga, ”descontava” sua raiva limpando a casa.Mãe de Florinda.

Domingos: era caixeiro na venda João Romão.Engravidou Florinda.

Florinda: lavadeira, adolescente inicialmente virgem, morena, lábios sensuais, dentes bonitos.Desejada por João Romão, engravida de Domingos.

Dona Isabel: lavadeira, portuguesa, senhora devota, viúva.Depois da morte do marido empobreceu e veio morar no Cortiço.Era infeliz.

Pombinha: “flor do cortiço”, filha de D. Isabel , loura, pálida, doente.Era querida por todos, sendo enfermeira e redatora/leitora de cartas.Sua mãe a poupa dos serviços domésticos, o que contrasta complemente com a realidade do cortiço.

João da Costa: noivo de Pombinha, tinha futuro na vida.Esperava o casamento pois sua noiva ainda não havia menstruado.

Albino: lavadeiro, afeminado, fraco e pobre. Vivia sempre entre as lavadeiras, que o tratavam como mulher.Adorava os bailes de carnavais.

Manuel: trabalhava na venda de João Romão.

Rita Baiana/Firmo: representam o casal brasileiro.Rita era uma lavadeira sensual, metaforizada como uma perigosa serpente, lasciva, transforma Jerônimo num homem degenerado.Usava sua sexualidade para subir na vida. Firmo, rejeitado por Rita, é representado como capoeirista valente, brigador e trapaceiro (malandro).O casal e Jerônimo(em relação as músicas que gostavam e tocavam) revelam a pesquisa feita por Aluísio sobre as músicas brasileiras da época.

Jerônimo: português, inicialmente honesto, trabalhador e no início tinha o objetivo de formar um pequeno crescer na vida do comércio.Esses valores dissipam-se e ele se “abrasileira”, sendo um dos principais fatores Rita Baiana.

Piedade: portuguesa, trabalhadora, esposa de Jerônimo.Após ter sido abandonada pelo marido se entrega para o alcoolismo, antes brigando com Rita.

Senhorinha: Marianita(nome original), filha de Jerônimo e Piedade, inicialmente estudava em um internato.

Libório: velho, avaro, mendigava nas ruas (mas não era pobre).João Romão descobriu suas garrafas cheias de dinheiro e a rouba, durante o incêndio, utilizando o dinheiro para construir os sobradinhos da gloriosa Avenida São Romão.

Pataca: amigo de Jerônimo o qual ajudou-o a se vingar de Firmo.

Zé Carlos: amigo de Jerônimo que o ajudou a se vingar de Firmo.


Síntese
  João Romão era empregado de um vendeiro português.Tal vendeiro enriqueceu e voltou para Portugal, deixando a venda para João com forma de pagamento de salários atrasados.João Romão possuía uma enorme ganância. Ele se “amigou” com Bertoleza e forjou sua carta de alforria, para ela acreditar que estava livre e ir morar com ele, se apoderando também de suas economias.O casal trabalhava arduamente.
  Assim o português foi acumulando capital e construindo aos poucos a Estalagem São Romão, não hesitando em roubar materiais de obras próximas.
  Logo as casas foram ocupadas pelas lavadeiras, proporcionando um rendimento que juntado com as vendas do seu armazém permitiu adquirir e explorar uma pedreira situada no fundo do cortiço.Assim, João Romão enriqueceu.
  Ainda no início da estalagem chegou ao sobrado a família de Miranda, rica, em profundo contraste com as futuras famílias do cortiço.A família se mudou porque Estela mantinha relacionamentos com os funcionários da loja de tecidos de Miranda, em uma tentativa de evitar escândalos.Miranda se irritava com a situação, mas não se separava da esposa devido ao seu dote, que foi o motivo de seu enriquecimento.
  João queria comprar parte de seu terreno (para ampliar sua casa) mas Miranda não aceitava vendê-la e se irritava por ter um cortiço como vizinho.Na verdade, o que sentia era inveja por não ter tido ele a ideia do negócio.
  Florinda engravidou de Domingos, sendo ela uma bela morena.Sua mãe, Marciana, ficou furiosa, castigando a filha e indo tirar satisfação com João Romão, o qual aproveitou da situação para despedir Domingos, que não assumiu o filho.Florinda cansou de ser castigada pela mãe e fugiu, indo morar com um velho chamado Bento(e abortou o feto).Marciana, desgostosa com a situação, foi para um hospício.
  Pombinha era a “flor” do cortiço, adorada por todos.Esperava menstruar para se casar com João Da Costa.
  Leocádia traiu Bruno com Henrique em troca de um mero coelho e foi expulsa pelo marido. Leocádia desdenha da situação, achando que sobreviveria como ama-de-leite(não aceitando a proposta do marido para voltar a morar com ele).Um tempo depois, arruinada, acaba voltando a morar com o marido, que a perdoou(ressaltando que a iniciativa de reconciliação partiu de Bruno, que escreveu uma carta, através de Pombinha).
  O cortiço havia se tornado um lugar disputadíssimo para se morar, uma vez que ficava perto da pedreira.Jerônimo e a família chegaram ao cortiço e ele foi trabalhar na pedreira.Jerônimo era um ótimo pedreiro e João concordou em lhe pagar um alto salário, acreditando que boa parte dele retornaria ao seu bolso, pois seu lucro aumentaria.Jerônimo queria enriquecer e voltar com a família para Portugal, sentia falta de sua pátria.
  Rita Baiana era uma brasileira sensual que vivia se metendo com homens.Alegre, costumava dar festas em sua casa.Em uma dessas Jerônimo se encantou pela baiana, despertando o ciúmes em Firmo, seu namorado.
  Quando Jerônimo veio para o cortiço começou a se abrasileirar, deixou de tocar guitarra e as canções portuguesas e passou a se divertir com o chorado brasileiro, nas festas de Rita Baiana.Não sentia mais saudades de seu país.
  Firmo brigou com Jerônimo, ferindo-o com golpes de navalha, devido ao ciúmes que tinha de Rita Baiana.Jerônimo é levado ao hospital e Firmo foge para a “Cabeça-de-gato”, um cortiço próximo, se tornando líder de lá.João Romão não gostou da briga, uma vez que não queria saber de polícia dentro do cortiço.
  Jerônimo voltou do hospital e Rita Baiana sempre ia visitá-lo cheia de “dedicação”.Piedade percebe o interesse do marido pela baiana e se vê rejeitada por ele, que declara não suportar seu “cheiro azedo”.
  Jerônimo se recupera e junto com Pataca e Zé Carlos atrai Firmo para uma praia deserta e o assassina.Piedade e Rita Baiana trocam xingamentos em uma disputa por Jerônimo.Por fim, Jerônimo adere complemente ao modo de vida brasileiro, num processo crescente e degradação física e moral.
  Miranda iria ganhar o título de Barão de Freixal, o que despertou ciúmes em João Romão, o qual foi convidado para a festa em que ele iria receber tal título.Para não “ficar para trás” planejou se tornar visconde, assistindo aos jornais, indo aos teatros, comprando roupas elegantes, abandonando seu modo de vida antigo.O ganancioso português também se aproxima de Botelho, que, em troca de dinheiro, auxilia sua aproximação com Zulmirinha.João precisava casar-se com ela para completar sua ascensão social.
  Com a morte de Firmo, os moradores do “Cabeça de Gato” revoltaram-se e decidiram atacar os “Carapicus”.Arma-se um pandemônio e a policia resolve intervir.O portão foi aberto pela polícia e todos os moradores esqueceram da briga e se juntaram para impedir a entrada da dela, montando barreiras e jogando objetos nela, em resistência.
  Aproveitando-se da confusão, Paula em sua segunda tentativa, finalmente conseguiu por fogo no cortiço.No meio do incêndio João reparou que Libório voltou a sua casa.Achando estranho, seguiu-o e o encontrou-o caído  no chão(certamente mal pela fumaça) com garrafas cheias de dinheiro ao seu lado.Sem hesitar, roubou-as, sem ajudá-lo.
  Com o incêndio os inimigos esqueceram a briga e se solidarizaram, tentando apagar o fogo, que depois de um tempo cedeu.Foram destruídas 30 e tantas casinhas e morreram,dentro outros, Paula, Juju e Libório.A batalha entre os dois cortiços, interrompida pelo incêndio é considerada uma das mais fortes cenas de movimentação coletiva da Literatura Brasileira.
  Foi um dia antes do incêndio que Jerônimo abandonou Piedade para se alojar com Rita.Piedade, muito abalada, entra em depressão e começa a beber.Senhorinha passou a viver com a mãe já que Jerônimo não pagava mais as mensalidades de seu colégio interno.Elas foram visitá-lo, em uma tentativa de ao menos ele pagar o colégio, sem sucesso, pois ela as expulsou.
  Jerônimo sentia por ter chateado e abandonado sua família, mas a sua vontade de ficar com Rita era maior.Em uma noite Senhorinha, desconsolada, vê a mãe muito bêbada se entregar a Pataca.
  Pombinha tinha uma boa educação, conquanto se corrompeu entrando em contato com Leónie e mantendo relações lesbianas com ela.Um tempo depois dessas relações, menstrua e casa-se.A moça traía seu marido, achava-o medíocre.O casal se separa e João da Costa logo morre(de pneumonite).
  Pombinha vai viver com Leónie e torna-se prostituta.Ela se torna mais um exemplo da lei social-animal, onde o meio pré-determina o indivíduo.Dona Isabel, um tempo depois, vai morar com as duas.Porém, não se conformava com as atitudes da filha.Logo, morreu de desgosto.
  Uma certa fortuna foi acumulada por Pombinha(através da prostituição), que a utilizou para a educação de Senhorinha, a qual foi morar com elas (pai a abandonou, mãe alcoólatra e depressiva).Pombinha estava fazendo o mesmo que Leónie fez com ela, ”a cadeia continuava e continuaria interminavelmente: o cortiço estava preparando uma nova prostituta naquela pobre menina desamparada.”Apesar de tudo Pombinha ainda era adorada no cortiço.
  Tempos depois o cortiço passou por sérias transformações.João Romão, com o dinheiro de suas economias, do roubo de Libório e das indenizações do incêndio decidiu construir a “Avenida São Romão”, feita com sobrados equipados com sanitários, destinando a um novo público(funcionários púbicos e pequenos comerciantes).
  O “velho cortiço” estava decaindo, não havia mais as festas de Rita Baiana.João finalmente se decidiu com Miranda sobre seu casamento com Zulmira.Só faltava se livrar de Bertoleza antes que a notícia do casamento se espalhasse.Ele, tomado por sua ganância sem escrúpulos, pensou até em matá-la, só não o fez por não saber como assasiná-la sem deixar vestígios.Bertoleza percebeu o que acontecia: ”Quer casar, espere então que eu feche primeiro os olhos.Não seja ingrato”.
  Agostinho morreu, caiu da pedreira quando estava brincando.Leandra Machona ficou arrasada. Florinda voltou ao cortiço e sua mãe, Marciana, morreu no hospício.Piedade vivia sendo abusada, causava nojo e não tinha onde morar.
  São Romão se distanciava cada vez mais de seu passado(cortiço), não sendo mais permitido as rodas de samba.O “Cabeça-de-gato”, no entanto, se tornava um verdadeiro cortiço, sempre havendo uma festa e um “rolo”(briga).
  João Romão construiu um sobrado maior do que o de Miranda.Ele e Botelho fizeram um plano para se livrar de Bertoleza: denunciam ela à polícia como uma escrava foragida.Quando Bertoleza avista chegando na cozinha os policias com seu dono ela percebe que sua carta de alforria foi falsificada e que seria presa.Em um ato de desespero se suicida, rasgando seu ventre com a mesma faca que usava para limpar peixes.
  Ironicamente, enquanto nos fundos da casa ocorre a tragédia, João Romão recebe na sala uma comissão de abolicionistas que lhe entregam, cerimoniosamente, o diploma de sócio benemérito por sua participação na campanha em favor da libertação dos escravos(ele havia “libertado” e “ajudado” Bertoleza falsificando sua carta de alforria).

Texto de Graziella Toffolo Luiz

Fonte:
-O Cortiço(1890), Aluísio Azevedo
-Anglo Vestibulares - Português/Literatura, Fuvest/Unicamp 2012


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