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Resumo de Viagens na Minha Terra (1846) -
Almeida Garrett
Autor e obra
O nome verdadeiro de Almeida Garrett era João Baptista da Silva Leitão, o qual
nasceu em 1799. Estudou direito em Coimbra a partir de 1816. Em 1818 publicou O
Retrato de Vênus, trabalho que lhe custou um processo por ser considerado
materialista, ateu e imoral. É neste mesmo ano que ele e sua família passam a
usar o apelido de Almeida Garrett.
Almeida participou da revolução liberal de
1820, seguindo para um exílio na Inglaterra em 1823. Foi na Inglaterra que
tomou contato com o movimento romântico, sendo considerado um dos maiores
escritores portugueses. Suas obras trouxeram inovações e abriram novos rumos.
A vitória do Liberalismo permitiu-lhe
instalar-se novamente em Portugal. Foi um homem de muitos amores, uma espécie
de homem fatal. Falece em 1854, vítima de cancro.
Tempo e espaço
A ação decorre durante uma viagem que Garrett
faz de Lisboa a Santarém (ver mapa). O país estava decaindo, os freis haviam
sido substituídos pelos barões, os quais Almeida detestava.
Parte da historia de Joaninha e Carlos
acontece no Vale do Santarém, onde se localizava a casa de Joaninha e sua avó,
entre o ano de 1820 e 1840, aproximadamente. Durante tal historia acontecia a
Guerra Civil Portuguesa, entre constitucionalistas(a favor da monarquia
absolutista) e realistas (liberais e contra D. Miguel), da qual Carlos luta
apoiando os realistas.
Personagens
Almeida Garret: escritor do livro,
narra sua viagem de Lisboa a Santarém com muita personalidade e opiniões sobre
os locais por onde passava. Era liberalista e odiava os barões, símbolo
capitalista da época.
Yorick: companheiro de
parte da viagem de Almeida que lhe conta a historia de Joaninha - a menina dos
olhos verdes.
Joaninha: prima de Carlos, no
início da historia se apresenta como menina que proporciona a paz e a felicidade,
extremamente amorosa, dócil e ingênua. Depois, se torna uma moça encantadora,
mas não perde suas características. Era a única da família que não sabia do
segredo terrível que nela pairava. Possuía aversão ao Frei Dinis.
Carlos: primo de Joaninha, ao
passar dos anos foi corrompido pela sociedade, ficando no final extremamente
degradado. Possuía um caráter difícil de ser entendido. Sabia parte do segredo
terrível e por isso decidiu partir para a guerra. Não suportava o Frei Dinis
(pois sabia que ele havia matado seu “suposto” pai). Em sua pequena estadia na
Inglaterra se aproxima de uma família rica (através de mentiras) e se apaixona
pelas três filhas do casal. Muito apegado a Joaninha, inicialmente como uma
espécie de irmã e depois como mulher.
D. Francisca - avó de
Joaninha e de Carlos: cheia de remorsos, ficou cega quando Carlos partiu para a guerra, pois
foi quando o Frei Dinis lhe contou todo o terrível segredo.
Frei Dinis: homem velho,
cansado e sofrido. Era autor de um terrível segredo, e por isso decidiu ser
frei (tentativa de se livrar dos remorsos, não obtendo sucesso). Possuía
fortíssimos princípios e opiniões. Em todo o decorrer da historia, é odiado por
Carlos, pela D. Francisca, e por Joaninha.
Julia, Laura e
Georgina: irmãs
nobres e inglesas extremamente bonitas, angelicais e ingênuas. Gostavam muito
de Carlos e ele se apaixonou por cada uma delas, em momentos diferentes.
Análise da obra
- o livro é
uma espécie de diário em que Almeida escreve no decorrer de sua viagem, fazendo
suas anotações.
- mistura de
estilos e de gêneros: linguagem ora clássica ora popular, ora jornalística ora
dramática, ressaltando a vivacidade de expressões e imagens.
- análise
da situação política e social do país, sendo que há uma simbologia em que Frei
Dinis e Carlos representam: no primeiro é visível o que ainda restava de
positivo e negativo do Portugal velho e absolutista; o segundo representa, até
certo ponto, o espírito renovador e liberal.
- o
fracasso de Carlos é em grande parte o fracasso do país que acabava de sair da
guerra civil entre miguelistas e liberais e que dava os primeiros passos duma
vivência social e política em moldes modernos.
- é um romance
histórico.
- quando
Almeida conta suas viagens é um narrador em primeira pessoa.
- quando
Almeida conta a historia de Joaninha é um narrador onisciente e em terceira
pessoa.
-
percebe-se que Almeida “complementa” a historia de Joaninha que lhe foi contada
por seu companheiro. Por exemplo, há momentos em que ele consegue ver as
poesias que só existiam no pensamento de Carlos.
- conforme
Almeida vai viajando, ele conta detalhadamente o lugar por onde passa,
mencionando a historia, as características e as construções dele, emitindo em
quase tudo sua opinião.
- no
livro, Almeida critica duramente os barões(símbolo do capitalismo na época -
materialismo puro).
- repleto
de digressões, em que o autor para o que está contando e escreve seus
pensamentos sobre as mais diversas coisas.
- na
época em que o livro foi escrito os freis haviam sido substituídos pelos
barões. Almeida não gostava dos dois. Na realidade até apoiou o “fracasso” dos
freis, mas quando conheceu as atitudes dos barões, mudou de ideia. Entre um e
outro, preferia os freis.
- Almeida
era extremamente contra a ciência e o progresso (típico do Romantismo).
-
Joaninha passa a ter grande aversão ao Frei Dinis depois que sua avó, D.
Francisca, ficou cega.
- No
final do livro Carlos, já sem a capacidade de sentir e amar, se torna um barão,
sendo mais uma crítica a essa classe social materialista.
Síntese
Almeida está em Lisboa quando começa a pensar
em viajar por Portugal, partindo para Santarém. Sua pena, “pobre e soberba”
(Capítulo 1), queria uma assunto melhor para escrever do que as “viagens” que
ele fazia em seu quarto nas noites de verão (alusão ao livro “Viagens ao Redor
do Meu Quarto” escrito por Xavier de Maistre), olhando as poucas árvores e o
Rio Tejo. Se ele viajasse sua pena iria ter muito o que escrever.
Sua decisão foi tomada por estar abalado pelas instâncias de um amigo de
Santarém (Manuel Passos) e quando um jornal, que soube seu interesse em viajar,
disse em uma publicação que ele o faria por política.E ele foi: “pronunciei-me”
(Capítulo 1).
No dia 17 de julho de 1843 ele partiu junto com seus companheiros em um
barco lerdo, que jamais ganharia uma regata de vapores (disputa da época entre
barcos). Almeida vai admirando a Lisboa oriental: “a mais bela e grandiosa
parte da cidade” (Capítulo 1).
Quando o barco passa pela Vila Franca (ver o
mapa acima), o autor comenta com seus companheiros e escreve o fato de uma
restauração feita ali ter desabado. A questão não era de "restaurar nem de não
restaurar, mas de se livrar a gente de um governo de patuscos, que é o mais
odioso e engulhoso dos governos possíveis” (Capítulo 1). Continuando o
pensamento ele chega a conclusão que o desabamento ocorreu porque era a “ordem
das coisas, e que por força havia de suceder” (Capítulo 1).
No barco se encontrava vários grupos, Almeida e seus companheiros
estavam com um grupo de campinos (atletas que corriam atrás de touros em
espetáculos) e um grupo de ílhavos (campestres que cuidavam de plantações ao
redor do Rio Tejo, tendo que enfrentar muitas vezes tempestades).
Depois de uma longa discussão (que atraiu muitos espectadores) para ver
qual grupo era mais forte, os ílhavos venceram, afirmando que quem controla uma
tempestade é mais forte do que quem controla um touro, sendo aplaudidos.
Certa vez um filósofo escreveu que para o progresso há dois princípios:
a espiritualidade (representada por
D. Quixote), e a materialidade, que é o inverso da espiritualidade (representada
por Sancho Pança). Como nos livros de Cervantes (autor de D. Quixote) esses princípios tão avessos sempre andam juntos e progridem sempre.
Almeida afirma que “Viagens na Minha Terra” é esse progresso, sendo que
naquela época o mundo era dominado por Sancho Pança e que logo D. Quixote
subiria ao poder. Ele afirma que a passagem pelo Rio Tejo é “a marcha do nosso
progresso social” (Capítulo 2).
Eles chegam a Vila Nova da Rainha. Lá Almeida passa a viajar de mula, indo em direção a Azambuja. A estrada
até lá era feia e vazia. Almeida se lembrou que certa vez um amigo lhe disse
que para as estradas serem boas os ministros tinham que mudar de rua de 3 em 3
meses!
Azambuja possuía uma população pequena e feliz, era um lugar simples. Quando
Almeida visualiza a estalagem onde eles iam descansar e beber algo (era a única
no local) se assusta: havia uma mulher feia na porta.
Almeida, no início do terceiro capítulo, faz uma forte crítica ao
capitalismo da época: “Sancho, o invisível rei do século, aquele por quem hoje
os reis reinam e os fazedores de leis decretam e aferem o justo!” (Sancho não é
o rei, e sim a representação de homens riquíssimos que possuem grande influência) e “Andai, ganha-pães,
andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de
interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou
a espécie humana? Que há mais umas poucas de dúzias de homens ricos. E eu
pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número
de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à
desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à
penúria absoluta, para produzir um rico?”
Ainda há mais uma crítica, dessa vez à ciência: “A ciência deste século é uma
grandessíssima tola. E, como tal, presunçosa e cheia de orgulho dos néscios” (presunçosa:
pretensiosa e néscios: ignorantes). É uma característica do Romantismo a
aversão à ciência.
Antes de terminar com essa digressão, Almeida faz uma última observação:
“(...) uma incoerência inexplicável. A sociedade é materialista; e a
literatura, que é a expressão da sociedade, é toda excessivamente e
absurdamente espiritualista!”.
Almeida tenta descrever a estalagem onde estava como deveria: com
formalidades, ressaltando suas qualidades com comparações ricas. Após tentar,
declara que é impossível, porque em tal estalagem nada havia! Ele não queria
“caluniar a boa gente de Azambuja” (Capítulo 3), mas acreditava que beleza e
mentira não cabiam no mesmo saco.
Então decidiu contar a verdade: era um lugar simples, mal-cuidado, com
uma velha nojenta os recepcionando. Tomaram uma limonada e seguiram a viagem
até o “famoso pinhal da Azambuja”.
Na introdução do Capítulo 4 Almeida já avisa ao leitor que o capítulo é
composto só por pensamentos e que o bom leitor deve pular esse capítulo. Já que
somos bom leitores, vamos pulá-lo! Pensando bem, é melhor lermos, vai que justo
essa parte cai no vestibular hahaha Falando em vestibular, Almeida Garrett
influenciou Machado de Assis. Machado, logo nos primeiros capítulos de
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, faz o mesmo que Almeida: avisa o leitor que
o capítulo seguinte é desnecessário para o entendimento da obra, e que,
portanto, pode ser pulado (capítulo que conta os delírios de Brás Cubas, o qual
estava doente).
Almeida afirma que a modéstia é a mais bela qualidade do ser humano,
ganhando até da inocência, pois essa é perdida facilmente, enquanto a modéstia
é mais “resistente”. Uma moça modesta é o objeto mais lindo de toda a natureza,
mas quando ela começa a se atrever, rir desconcertadamente e maliciosamente,
falar com as mãos, perde toda a sua graça [coisas da época...].
Chegando no pinhal da Azambuja, não havia mais a floresta fechada, e sim
muitas vinhas, com pouquíssimas árvores. Isso chateou muito Almeida, pois ali
ele pretendia construir uma história com personagens e agora não havia mais
jeito, pois não havia mais cenário! E em uma mula, abatido, seguiu sua viagem
para Santarém.
Almeida era um forte admirador de “Os Lusíadas” e via nessa obra um
único defeito: Camões misturou nela cristianismo com mitologia. Pensou que se
Camões tivesse nascido agora, na época romântica, ele não teria cometido esse "erro". Outro pensamento surgiu: “é preciso crer em alguma coisa para ser grande” (Capítulo 6).
Inconformado, Almeida foi até as Ilhas Beatas falar com o Marquês de
Talleurand. Perguntou-lhe o porquê dele ter plantado tantas vinhas naquela
região, pois elas haviam invadido e destruído o pinhal de Azambuja. O marquês, muito
esperto, se safou perguntando quem agora ia beber todo esse vinho (como se o
problema fosse a quantidade de vinho produzido com as vinhas).
Seguiram viagem até o grande Café de Cartaxo. Almeida faz uma forte
repreensão aos lisboetas (pessoas que moram em Lisboa) que não viajavam e
ficavam presos aos mesmos lugares, as mesmas pessoas, aos mesmos
acontecimentos.
“O Café é uma das feições mais características de uma terra”, Almeida
afirma. Só de analisar o Café de um lugar já se pode perceber o país em que se
encontra. Entraram no Café de Cartaxo, um lugar onde reinava “uma frescura
admirável”.
Quando perguntaram de um conhecido o Sr. D, dono do estabelecimento, respondeu dizendo que ele era
conhecido em Cartaxo como Alfageme , devido a sua semelhança com o “verdadeiro
Alfageme”: um rico homem de Santarém que havia lutado pelos direitos do povo
acima de tudo. O que o Alfageme de Cartaxo fez
para ser associado com tal figura? Nada demais, apenas se tornou juiz e tinha
uma grande lábia com o povo.
Saíram do Café e com o Dr. D. foram dar um passeio. Cartaxo era um terra
nova, que havia ficado famosa há uns 40 anos atrás devido ao vinho, o qual logo
perdeu sua fama. Almeida critica fortemente os ingleses que abandonaram a
aliança com Portugal, dizendo que sem Portugal eles nada seriam.
Estava entardecendo e Almeida partiu viagem para Santarém, passando por
uma charneca (tipo de vegetação xerófila de Portugal), a qual era tão bonita e
inspiradora que provocou em Almeida uma vontade extrema de compor versos. Não
os fez, mas foi como se os tivesse feito, pois entrou em um profundo estado
poético.
Esse estado poético foi interrompido quando passaram pelo local onde
ocorreu a última revista de Dom Pedro ao exército liberal, depois da Batalha de
Almoster, uma das mais sangrentas.
Uma amarga reflexão invadiu Almeida, que pensava nas guerras civis. Lembrou
de quando esteve presente no local onde ocorreu a Batalha de Waterloo: ainda
conseguia ver os esqueletos dos assassinados. "Toda a guerra civil é triste. E
é difícil dizer para quem mais triste, se para o vencedor ou para o vencido." (Capítulo
8). Toda a beleza da charneca desapareceu, e foi nesse clima que ele chegou à
Ponte de Asseca.
O
nono capítulo se inicia com Almeida admirando Ênio Manuel Figueiredo, um
escritor que deixou inúmeras peças de teatros melhores do que as que eram
apresentadas em seu tempo. Possuía uma admiração especial pela obra “Poeta em
anos de Prosa”, principalmente pelo título, acreditando que não havia conteúdo
em um livro capaz de descrever tal título.
Almeida conhecia três grandes poetas do século: Bonaparte (“fez sua
Ilíada com a espada” - Capítulo 9), Sílvio Pélico ("fez sua Ilíada com paciência" - Capítulo 9) e o Barão de Rotschild ("fez sua Ilíada com o dinheiro" - Capítulo
9). Os outros escritores, em sua opinião, eram tolos.
Desde sempre Almeida foi jacobino (seguia Napoleão Bonaparte), mesmo
seus pais o repreendendo. Foi para a França conhecer o governo de seu “ídolo” e
se decepcionou: o Império, tão bem falado alguns anos antes, já estava em
ruínas. Ao menos, lá conheceu a Madame de Abrantes, uma mulher que apesar de
idosa era muito graciosa e encantadora.
Terminando essa digressão, Almeida já estava no vale do Santarém. Um
lugar lindo, que não existia em nenhum outro país. Dentre as árvores avistou
uma janela, ficou pensando quem poderia morar ali. Se fosse uma mulher, o
romance estaria completo. Seu companheiro de viagem lhe contou que ali havia
morado a “menina dos rouxinóis” (Capítulo 10). Almeida se interessou pela
história e decidiu contá-la.
Almeida afirma que todo o homem necessita de amor, esse é o alimento do
coração. Sem ele, o homem se torna um “maçador terrível” (Capítulo 11). Sendo
assim, ele se preocupa se vai conseguir inserir a história de Joaninha no livro, já que
suas únicas formas de amor eram uma saudade e uma esperança: “um filho no berço
e uma mulher na cova” (Capítulo 11 - Almeida era viúvo e possuía um filho pequeno). Mas se lembrando de uma visão (não disse
qual era), teve certeza de que era capaz de fazer tal inserção e começa a contar a história que ouvia de seu companheiro (percebe-se, no decorrer da história, que ele a complementado com detalhes).
Naquela casa que possuía a janela estava uma velhinha que costurava. Ela
era cega e a linha enrolou em seu braço. Ela chamou sua neta, Joaninha, que a
ajudou com extrema bondade. Entraram para jantar.
Depois de jantar o rosto de Joaninha se entristeceu. Ela derramou uma
lágrima que caiu na mão de sua avó. Essa a lambeu ( que estranho né? haha) e
perguntou porque ela chorava. Quando Joaninha foi responder, o Frei Dinis
chegou.
Almeida conta que os frades foram substituídos pelos barões. Os frades
não entenderam as inspirações e aspirações dos romancistas, se isolando. Os
barões, infelizmente, eram piores que os frades, pois usaram a influência
adquirida de maneira errada (coisa que os frades faziam de maneira correta).
Voltando a história (quando os Freis já haviam se isolado e sofriam
certo escárnio), o Frei Dinis discutiu com a avó de Joaninha, pois essa
implorava uma espécie de proteção e de aceitação para o seu neto (Carlos) e o Frei Dinis
se recusou a dar, ficando com tanta raiva que até o amaldiçoou. A avó de Joaninha,
quando ouviu isso, caiu de joelhos, extremamente agoniada e passando mal. O
Frei Dinis a observou e chamou Joaninha, indo embora sem olhar para trás.
O Frei Dinis acreditava que a sociedade precisava apenas de uma
monarquia teocrática, mais do que isso era desnecessário. Acreditava também que
a sociedade só precisava das leis do Evangelho: “reforçá-las é supérfluo,
melhorá-las impossível, desviar delas monstruoso.” ( Capítulo 15). Ele era
contra o liberalismo presente na época na Europa (Revolução Francesa), pois os
conceitos de liberdade e igualdade só poderiam ser entendidos e usados da
maneira correta coexistindo com uma crença em Deus. Como tal coexistência não
acontecia, ele possuía uma visão pessimista do futuro.
Por
que um homem tão opinativo, tão sábio, tão superior decidiu ser frei, se isolar
do mundo e manter relações apenas com a família de Joaninha?
Antes de ser frei, ele se chamava Dinis de Ataíde. Os pais de Joaninha e
de Carlos ainda existiam (com exceção da mãe de Carlos, que morreu em seu
parto).
Dinis de Ataíde freqüentou a casa da avó de Joaninha até a morte do pai
de Joaninha e do pai de Carlos em uma embarcação, no Rio Tejo.
A partir desse dia, ele deixou de visitar a casa da avó de Joaninha. A
mãe de Carlos, filha de D. Francisca, morreu. Até que Dinis abandonou seu
dinheiro e seus criados e se tornou um frade, ficando apenas com uma certa
quantidade de dinheiro para ajudar D. Francisca, Joaninha e Carlos.
E todas as sextas ia visitá-los, ainda quando Carlos e Joaninha eram
crianças. Joaninha adorava tudo no frade (opiniões, atitudes), menos sua
pessoa: “contradição inaudita e inexplicável” (Capítulo 16).
Carlos cresceu e foi para Coimbra. Depois de se formar decidiu ir
guerrear na Inglaterra ao lado dos realistas, apoiando o liberalismo.
O Frei Dinis, que muito de preocupava com Carlos, tentou impedir até o momento
em que Carlos disse que sabia...
O Frei empalideceu, tremia e perguntou o que ele sabia. Carlos afirmou
que sabia de algo importantíssimo mas não contou (sabia uma parte do terrível
segredo), deixando claro que partiu por causa disso mas sem contar o que exatamente sabia.
Depois de Carlos partir, o Frei veio e se trancou com Francisca no
quarto, tendo uma longa discussão (na qual o Frei lhe contou todo o terrível
segredo), e se foi. D. Francisca chorou por 3 dias e ficou cega. “O Frade
envelheceu de dez anos naquele dia” e “Nunca mais houve um dia de alegria no
vale” (capítulo 16). E as sextas, quando o frei vinha, se tornou o dia negro.
Passou-se
dois anos até chegar aquela sexta em que o Frei amaldiçoou Carlos e D.
Francisca passou mal.
Na sexta seguinte o Frei trouxe notícias de Carlos. Fez questão de dizer
coisas horríveis sobre a guerra, deixando Joaninha e sua avó agoniadas e só no final da conversa disse que Carlos havia mandado
uma carta.
Joaninha abriu a carta e disse que era endereçada somente a ela, mas D.
Francisca insistiu que ela lê-se em voz alta. Ela leu, e no final mentiu
dizendo que ele pedia a benção de D. Francisca (na verdade ele nem a havia
mencionado). Joaninha respondeu a carta e o Frei a levou até Lisboa.
Passou-se 1 ano, Carlos não respondeu a carta e a guerra estava cada vez
mais violenta.
Os constitucionais venceram uma batalha e adentraram no Vale do
Santarém, ficando ali por meses. Ali também se encontrava algumas tropas
realistas (lado em que Carlos lutava), porém a casa de D. Francisca ficava no território dos
constitucionais. A avó de Joaninha, mesmo doente, cedeu uma parte da casa para
os guerreiros.
Joaninha era sempre bondosa e amável com todos, ganhando o amor e o
respeito dos soldados, tanto dos constitucionais quanto dos realistas. Como
ficava todo o amanhecer e o entardecer na janela (a mesma que Almeida admirou)
ouvindo os rouxinóis, ganhou o apelido de “menina dos rouxinóis”.
Certa vez Joaninha adormeceu no vale e anoiteceu. Um oficial veio ver
que vulto era aquele e se surpreendeu: era Joaninha, e o oficial era Carlos,
que havia acabado de chegar naquele campo.
O reencontro foi feliz e inesperado, pois Joaninha sempre sonhava que
Carlos morria na guerra e que nunca mais poderia vê-lo. Contudo os dois
estavam no meio do campo de batalha e tiveram que separar (sendo que Carlos pediu para ela
não contar a D. Francisca que ele estava por perto). Carlos até chegou a ser
atingido por dois soldados realistas, que o confundiram com um constitucional,
mas, felizmente, o tiro pegou de raspão.
De madrugada ficou pensando em Joaninha: quando ele foi para a guerra
ela ainda era uma criança, mas agora era uma donzela linda e encantadora. Seus
beijos e abraços no reencontro o deixou transtornado. Amava-a, mas havia
prometido a Georgina o seu amor.
Carlos era poeta, mas não escrevia. Seus pensamentos eram poesia
sublimes (o narrador onisciente conseguiu, “por um processo milagroso de
fotografia mental” - Capítulo 23 - ver alguns trechos fragmentados dos
pensamentos de Carlos).
Almeida
acreditava que havia o homem como Adão Natural (bom e puro) e o Adão Social
(ruim e mesquinho). Carlos era um dos Adãos Sociais que mais se aproximava do
Adão Natural. Contudo isso foi se perdendo durante a sua vida, devido a
sociedade e seus modelos.
Quando Carlos foi encontrar Joaninha predominava nele o Adão Social:
“dúvida, incerteza, vaidade, mentira, deslocavam e anulavam a bela organização
daquela alma” (Capítulo 24)
Carlos não iria ver sua avó, mesmo ela estando doente, havia prometido a
si mesmo que nunca mais entraria naquela casa (devido ao terrível segredo).
Para Joaninha não perceber, pois ele não queria nem que ela imaginasse que
havia um segredo, ele iria “enrolá-la”, dando a desculpa que não iria por causa
da guerra já que ele teria que entrar em território inimigo.
Joaninha e Carlos se encontraram. Ela perguntou sobre a visita a D.
Francisca, e ele deu a desculpa da guerra. Joaninha confessou que o amava. Ele,
apesar de também amá-la, nada disse (havia prometido amor a Georgina). Joaninha
percebeu que ele amava outra mulher, mesmo Carlos dizendo que isso era absurdo.
Se beijaram e se foram, ambos extremamente diferentes e transformados.
Almeida decidi pausar a historia e ir para Santarém. A vila estava
atualmente “mal cuidada”, para total decepção de Almeida, o qual sabia que
aquele lugar já havia sido grandioso e próspero.
De uma maneira geral, os monumentos antigos de Santarém haviam sido
reconstruídos, perdendo todo o seu valor histórico e sua graciosidade. A
situação da vila era culpa das autoridades, dos barões e da própria população,
que não sabia dar o devido valor nela.
Chegaram na casa de Manuel Passos, o amigo citado no início do livro
como motivo para Almeida decidir viajar para Santarém. Foram muito bem
recebidos e na manhã seguinte Almeida se deparou com um lindo cenário: Santarém
e ao fundo, as águas do Rio Tejo (olhe no mapa, a vila Santarém fica ao lado do
Rio Tejo). Nele invadiu pensamentos e imagens, mas todos melancólicos e sem
esperança.
A padroeira de Santarém era Santa Ira. Havia duas versões para a sua
historia: simples, através de uma trova (ou cantiga) cantada pelo povo, e mais
rebuscada, contada pelos membros da Igreja Católica.
Almeida e os amigos foram andar pela cidade. Foram na porta do Sol, um
lugar onde antigamente eram feitas as execuções de pessoas. Lá o amigo de Almeida iria
terminar de contar a historia de Joaninha.
Após Carlos e Joaninha terem se separado naquele encontro em que ambos
se transformaram, as tropas começaram a se movimentar. Carlos se preparou,
queria morrer.
No dia seguinte Carlos foi gravemente ferido na batalha. Acordou, em
situação grave, no Convento de São Francisco (onde o Frei Dinis morava), em
Santarém, sendo olhado por Georgina, que veio lhe visitar e o encontrou ferido
no campo de batalha. Carlos disse que ainda a amava e Georgina disse que era
mentira.
Semanas se passaram e Carlos não corria mais o risco de morrer. Georgina
o avisou que sua avó e Joaninha foram avisadas só agora de onde ele estava
(Georgina e o Frei Dinis esperaram ele melhorar para dar a notícia).
No decorrer da conversa percebe-se que Georgina e Carlos haviam tido um
romance (logo será explicado) e após se separarem começaram a trocar cartas. Porém,
Georgina reparou que quando ele chegou em Santarém as cartas mudaram, estavam
mais frias e distantes. Então veio atrás dele, o encontrou ferido no campo de
batalha e, com a ajuda de Frei Dinis, o trouxe para o Convento.
Georgina,
com tudo isso, conheceu Joaninha e sua avó e percebeu que Joaninha e Carlos
estavam apaixonados. Em determinado momento, conversando com Georgina, Carlos amaldiçoa o Frei, que ouvindo adentra no quarto.
Carlos acusa o Frei de ter matado seu pai e o Frei se joga no chão,
pedindo a Carlos que o matasse.
Georgina
se ajoelhou no chão e fez o Frei se ajoelhar também. Com uma voz de anjo
perguntou a Carlos se ele não iria perdoar o Frei.
Some
em Carlos toda a raiva e ele se ajoelha também, ficando os três abraçados em
longo silêncio. O Frei, algum tempo depois, pergunta se Carlos também não o
perdoaria pela “memória” de sua mãe.
Carlos se enraiveceu e pegou um velador de pau-santo para atirar no Frei
com a intenção de matá-lo. Joaninha e sua avó chegam, sendo que a última diz que
o Frei Dinis era o pai de Carlos.
“Carlos
caiu por terra sem sentidos” (Capítulo 35). Abriu a ferida (causada na guerra) de seu pescoço que começou
a sangrar e com muito esforço foi estancada.
Georgina
aproveitou a situação para dizer a Joaninha que não o amava mais (mentira) e a
fez prometer que ela sempre cuidasse de Carlos, por pior que ele se tornasse.
Foi revelado todo o mistério: o Frei era amante da mãe de Carlos
(lembrando que na época ele era apenas o Dinis de Ataíde). O marido dela, quando
descobriu o caso, se juntou com o pai de Joaninha e foram matar o Frei. O Frei
conseguiu se defender (era noite, não sabia quem o atacava) e matou seus
agressores. Após isso, viu que havia matado o marido de sua amante e o pai de
Joaninha. Jogou os corpos nos rios.
A
única pessoa para quem o Frei contou foi para sua amante, mãe de Carlos: “vi
morrer de pesar e de remorsos, que expirou nos meus braços chorando por ele, e
maldizendo-me a mim” (Capítulo 35). Esse “ele” é o marido de sua amante, o
homem que Carlos, naturalmente, achava que era seu pai. Essa é a real historia
do segredo que o Frei Dinis contou a D. Francisca para ela ter ficado cega.
Carlos
se levantou, beijou a mão de seu pai e abraçou sua avó, a qual disse que finalmente
poderia morrer em paz. Saiu do quarto, dizendo que já voltava e não voltou:
havia ido novamente para a guerra. Após tudo isso, Carlos havia perdido a
capacidade de sentir e de se comover.
A
história pausa novamente, porque Almeida e seus companheiros vão ver o santo
milagre, antes que escureça. Dentro de alguns dias a história terminará de ser
contada.
Almeida
não conta a história do santo milagre, afirmando que todos já a conhecem. Ele
visitou a Igreja que continha o milagre, que era “o resto da partícula
consagrada que a judia roubara para seus feitiços” (Capítulo 37).
No
dia seguinte Almeida visitou um colégio e uma igreja, a qual estava muito
mal-cuidadosa. O corpo do santo que ficava na Igreja, o santo Frei Gil, foi
roubado pelo Frei Dinis há alguns anos atrás, quando a instituição franciscana
já havia sido destruída pelos barões. Inconformado, ele roubou o corpo do santo
antes que os barões o pegassem e o levou ao antigo mosteiro das claras, onde
estaria seguro.
Almeida
“se enche” da decadência de Santarém : “Já me enfada Santarém, já me cansam
estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis, o aspecto desgracioso
desses entulhos, a tristeza dessas ruas desertas. Vou-me embora” (Capítulo 41).
Antes
de partir Almeida foi visitar o túmulo do Rei D. Fernando, o qual já havia sido
remexido. Almeida enfiou a mão no sepulcro e achou ossos em pó, o crânio de um
adulto e o crânio de uma criança. Almeida tentou roubar o crânio do adulto (subtende-se
que ele achava que os restos mortais do rei valiam muito para ficar sem alguma proteção), mas desistiu.
Termina
o capítulo falando da decadência de Portugal devido a gana dos barões. Mencionou
Jesus, o qual perdoou um assassino, uma adúltera, dentre outros. Porém, quando
viu barões agiotando no lugar santo, os expulsou.
Voltando
a historia, Georgina foi para Lisboa junto com D. Francisca e Joaninha meia
louca, a qual segurava chorando a única carta que Carlos havia mandado quando
estava em Évora-monte.
Almeida parte de Santarém em direção a Lisboa, com um pouco de pena de
abandonar a cidade, contudo estava cansado de lá.
Na volta passa pela casa de Joaninha. Curioso, se aproxima, deparando-se
com o Frei Dinis e com a irmã Francisca.
Almeida pergunta onde estava Carlos e Joaninha. O Frei responde que
Joaninha havia morrido e mostra a longa carta que Carlos mandou a ela quando
estava em Évora-Monte.
Carlos, na carta, começa dizendo que ele a escreveu apenas para
Joaninha. Dizia que não a merecia e que não havia mais solução, reconhecia que
a sua própria vida estava perdida. Conta-lhe o que aconteceu.
Logo quando partiu para a guerra e foi para Inglaterra Carlos se aproximou de
uma família rica e nobre (mentindo, para agradar a família e conseguir uma aproximação). Nela havia três irmãs
lindas e angelicais: Julia (a mais bonita), Laura (a mais fascinante) e
Georgina.
De início Carlos se apaixonou perdidamente por Laura, se declarando. Laura
também o amava, o problema é que ela iria se casar com um homem da Índia.
Quando soube disso, Carlos sofreu muito: “foi a primeira dor verdadeira que
sofri...” (Capítulo 46).
Carlos e Laura fizeram promessas que ele decide não revelar a Joaninha. Carlos, Georgina e Julia foram levar Laura para
viajar à casa de uma amiga da família, na qual ficaria até próximo de se casar.
Quando viu Laura partir sentiu um
alívio, como se tirasse um peso dos ombros.
O pai de Laura foi visitá-la e pediu à Carlos que olhasse Julia e Georgina.
Carlos escrevia cartas de amor a Laura, e essa respondia a Julia, a qual as
mostrava a ele. Laura deixou um cinto a Carlos, sendo que esse ainda o guardava com muito
cuidado e o beijava sempre. Pelas cartas, Julia e Carlos se aproximaram muito:
“meu coração que me surpreendia por não saber a qual queria mais” (Julia ou Laura -
Capítulo 47).
Laura voltou para casa e Carlos partiu. Logo Laura se casou e Carlos
pode voltar (ele foi embora quando Laura voltou porque era uma promessa que
eles haviam feito). Quando chegou, Georgina veio avisar-lhe que Julia estava
meio doente. Pela primeira vez Carlos reparou em como ela era linda e se
apaixonou.
Julia se curou e o romance de Carlos e Georgina durou 3 meses. Ele teve
que partir para Açores. O seu coração estava repartido pelo mundo: um pedaço na
Inglaterra (Georgina e talvez Julia também), na Índia (Laura) e no Vale do
Santarém (Joaninha).
Carlos voltou para Portugal como oficial e reencontrou Joaninha dormindo
(o resto a gente já sabe). Quando a viu soube que só a ela tinha amado toda a
vida, que tinha nascido para viver com ela. Contudo, com todo o acontecido,
Carlos havia perdido a capacidade de sentir, ele não tinha mais coração para
dar a Joaninha. “A mulher que me amar há de ser infeliz por força; a que me
entregar o seu destino, há de vê-lo perdido” (Capítulo 48).
A guerra estava terminando e Carlos, se não morresse, pretendia entrar
para a política. Pela última vez dá adeus a sua amada Joaninha e a carta
termina.
Almeida devolve a carta ao Frei Dinis e pergunta o que havia acontecido.
Carlos havia engordado e se tornado barão: estava irreconhecível.
Joaninha, com o tempo, enlouqueceu e morreu nos braços de Georgina e de D.
Francisca. Desde esse dia, D. Francisca não falava mais, sua alma estava morta.
O Frei só esperava seu corpo morrer para enterrá-lo. Georgina voltou para a
Inglaterra, montou um convento e se tornou abadessa.
Almeida os deixou, sentia a morte ali. Voltou triste e pessimista para
Lisboa.
E assim termina o livro. Almeida confessa que de todas as viagens que
podia fazer pelo mundo, as que mais lhe agradava eram as viagens na sua terra.
O autor ainda deixa claro que não viajaria em trens em Portugal, pois as
estradas foram construídas pelos barões, finalizando o livro com essa última
crítica aos capitalistas da época.
Olá gente! Ultimamente o blog vem recebendo muitas visualizações :) Curtam nossa página no face e se precisarem de qualquer tipo de ajuda (algo que não entendeu dos resumos, escolha de curso, dicas etc) estamos dispostos a ajudar! Um beijo ♥ www.facebook.com/televestibular
Muito bom!! Obrigada, adorei seu blog :)
ResponderExcluirObrigada ♥
ExcluirExcelente! Achei o texto do livro complexo, se não fosse por este resumo, não teria entendido metade da obra. Meus sinceros agradecimentos. *w*
ResponderExcluirObrigada ♥
Excluirmuy bom. #poli2014
ResponderExcluirObrigada e boa sorte! ♥
ExcluirMuito bom,só poderia mudar um pouco o backgroud pois atrapalha muito na leitura! Obrigado.
ResponderExcluirMelhorou com esse plano de fundo? E obrigada ♥
ExcluirMelhorou sim! Obrigado :D #Gregory
ExcluirObrigado resumo muito bom! bj
ResponderExcluirObrigada ♥
ExcluirMelhorou para ler gente?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFiquem a vontade para ver todos os outros resumos das obras fuvest/unicamp, são nesse mesmo estilo, super completos! :)
ResponderExcluirAiim, muito obrigada, você realmente salvou a minha vida, tenho uma prova desse livro amanhã e não havia entendido nada ! Eu e a minha turma estávamos desesperados, pois ninguém havia entendido, mas depois de ler esse blog, acho que eu vou me sair bem, Muito Obrigada mesmo !
ResponderExcluirOlá Duda, obrigada você por ter lido! E fique a vontade para compartilhar com sua turma o resumo :) E não se esqueça, se você tiver mais alguma prova sobre livros da fuvest/unicamp, passe no blog e de uma olhadinha :D beijos ♥
ExcluirSensacional! Meus parabéns.
ResponderExcluirObrigada ♥
ExcluirObrigado
ResponderExcluirDe nada :)
ExcluirPrimeiramente, devo agradecer pelo excelente trabalho, já li as obras e, com todas as características e pontos principais que deixa em foco, facilmente qualquer pessoa, tendo lido as obras ou não, esta apta a realizar provas e fazer analise entre obra e contexto histórico.
ResponderExcluirÉ realmente o melhor resumo que encontrei, continue com o ótimo trabalho e boa sorte!
Nossa! Muito obrigada ♥
ExcluirParabens pelo resumo!!!!!!!!!! Com certeza absoluta você tem o dom da escrita, da leitura... e obrigada pela ajuda sobre esse livro tão complexo e dificil.. beijinhos
ResponderExcluirMe senti lisonjeada com o seu comentário, muito obrigada! ♥
ExcluirMuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito bom ! salvou minha vida haha n_n ~ obrigada mesmo!
ResponderExcluirQue bom que ajudou! :)
ExcluirMuito Bom ,Adorei me ajudou muito em meu trabalho ! *-*
ResponderExcluirMas poderia me ajudar em outra coisa ? ;c
Eu precisava Resumir esse Romance todo em 5 PALAVRAS, você tem um ideia para me ajudar ?
Como assim, em 5 palavras? Tem que exatamente ser 5 palavras? Pode ser palavras aleatórias ou tem que formar um frase?
ExcluirEu to precisando os nomes de todos personagens e suas respectivas análises, o espaço, tempo e foco narrativo. Você poderia me ajudar?
ResponderExcluirPersonagens e suas características estão logo no início do resumo. Tempo e espaço também estão no início. Já o foco narrativo se divide em 2: quando Almeida conta suas viagens é um narrador em primeira pessoa; quando Almeida conta a historia de Joaninha é um narrador onisciente em terceira pessoa.
ExcluirNOSSA muito obrigado vc nao faz ideia de como me salvou, minha prova é semana q vem e eu nao tinha entendido nada desse livro, muito obrigado mesmo. Seu resumo é muito completo,e é o melhor que já li (:
ResponderExcluirObrigada ♥
Excluirparabens pelo resumo! eu li o livro e achei um dos poucos resumos tão bem detalhados. pontos positivos por ter comentado os primeiros paragrafos, ignorados pela maioria!
ResponderExcluirObrigada ♥
Excluira síntese de outros sites que está errada ou esse?
ResponderExcluirA de outros, eles misturam muitas coisas para facilitar e resumir a explicação ... Não acredito que essa seja a maneira certa de fazer um resumo, pois a pessoa que não leu o livro irá estudar mentiras ...
Excluireu me perdi entre o cap 16 e 23
ResponderExcluirOi, gostei muito do seu resumo, mas eu tenho umas perguntas aqui que minha professora passou e preciso de ajuda por favor.
ResponderExcluirQual o crime que Cralos pensava ter cometido com o Frei Dinis? E quais os crimes que efetivamente cometeu?
Obrigada! Bom, essa pergunta só faz sentido se for assim "Qual o crime que Carlos pensava que o Frei Dinis cometeu? E quais os crimes que o Frei Dinis efetivamente cometeu?" , pois da maneira que está escrito dá a entender que o Frei Dinis e Carlos cometeram um crime juntos, e isso não ocorre no livro inteiro. O crime que Carlos pensava que o Frei Dinis havia cometido era que o Frei Dinis havia matado seu pai. Por isso Carlos parte para a guerra e abandona o vale do Santarém. Mas na realidade o Frei Dinis era amante da mãe de Carlos (e pai de Carlos), e em uma noite, o pai de Carlos e o pai da Joaninha foram na casa do Frei Dinis (ainda Dinis de Ataíde)porque haviam descoberto a traição e o Frei Dinis não viu quem era e se defendeu, matando o pai de Joaninha e o marido da mãe de Carlos. Ele contou isso apenas a sua amante, mãe de Carlos, que passou a odiar o Frei Dinis e morreu de tristeza. Para entender melhor lê a parte que eu separei pra você abaixo, ok? E se não tiver entendido algo, não hesite em perguntar de novo. Espero que tenha ajudado :)
ExcluirSua pergunta está clara nessa parte do resumo:
"Carlos acusa o Frei de ter matado seu pai e o Frei se joga no chão, pedindo a Carlos que o matasse.
Georgina se ajoelhou no chão e faz o Frei se ajoelhar também. Com uma voz de anjo perguntou a Carlos se ele não iria perdoar o Frei.
Some em Carlos toda a raiva e ele se ajoelha também, ficando os três abraçados em longo silêncio. O Frei, algum tempo depois, pergunta se Carlos também não o perdoaria pela “memória” de sua mãe.
Carlos se enraiveceu e pegou um velador de pau-santo para atirar no Frei com a intenção de matar. Joaninha e sua avó chegam, sendo que a última diz que o Frei Dinis era o pai de Carlos.
“Carlos caiu por terra sem sentidos” (Capítulo 35). Abriu a ferida do seu pescoço, começou a sangrar e com muito esforço foi estancada.
Georgina aproveitou a situação para dizer a Joaninha que não o amava mais (mentira) e a fez prometer que ela sempre cuidasse de Carlos, por pior que ele se tornasse.
Foi revelado todo o mistério: o Frei era amante da mãe de Carlos (lembrando que na época ele era apenas o Dinis de Ataíde). O marido dela, quando descobriu o caso, se juntou com o pai de Joaninha e foram matar o Frei. O Frei conseguiu se defender (era noite, não sabia quem o atacava) e matou seus agressores. Após isso, viu que havia matado o marido de sua amante e o pai de Joaninha. Jogou os corpos nos rios.
A única pessoa para quem o Frei contou foi para sua amante, mãe de Carlos: “vi morrer de pesar e de remorsos, que expirou nos meus braços chorando por ele, e maldizendo-me a mim” (Capítulo 35). Esse “ele” é o marido de sua amante, o homem que Carlos, naturalmente, achava que era seu pai. Essa é a real historia do segredo que o Frei Dinis contou a D. Francisca para ela ter ficado cega.
Carlos se levantou, beijou a mão de seu pai e abraçou sua avó, a qual disse que finalmente poderia morrer em paz. Saiu do quarto, dizendo que já voltava e não voltou: havia ido novamente para a guerra. Após tudo isso, Carlos havia perdido a capacidade de sentir e de se comover. "
Eu amei o resumo, apesar de que a forma com que vocês elaboraram-o foi bem ruim. Não há como saber onde começa alguns capítulos, nem ao menos onde terminam. Muitos erros de português, incoerência de muitas partes e falta de conhecimento sobre pontuação.
ResponderExcluirOlá! Obrigada pela crítica. Realmente fiz o resumo um pouco "correndo" pois queria colocá-lo no blog antes da primeira fase da Fuvest 2013. Agora estou na universidade, final de semestre, cheia de coisas pra fazer... Mas vou revisá-lo durante as férias de julho ok? Em relação aos capítulos, alguns preferem com divisões, outros sem. Para os próximos resumos vou tentar demarcar os capítulos. Se você puder ajudar, coloque trechos em que não achou coerência ou que achou erros de português :D
ExcluirOii Muito bom o resumo mas surgiu uma dúvida aqui... A história de Carlos e Joaninha é real ? Fiquei com essa dúvida quando o Almeida vê a casa e se encanta pelo lugar e pergunta a seu amigo quem é a tal garota que estava na Janela... E seu amigo responde que é a garota dos rouxinóis... E a outra pergunta é... A história de Joaninha é narrada pelo amigo de Garrett ou é Garrett que inventa e conta a história enquanto passei por Santarém ?
ResponderExcluirObrigada! Bom, subentende-se que a história é real sim, pois ao passar pela casa surge o assunto da história da "menina dos rouxinóis" que é contada pelo amigo de Garrett. No final do livro, quando Garrett está deixando Santarém e passa novamente pelo Vale do Santarém ele encontra o Frei Dinis e a avó de Joaninha, sendo que o Frei termina de contar o resto da história.
ExcluirO Yorick, companheiro de viagem de Garrett, conta a história para ele e ele escreve em seu diário. É essa história escrita por Garrett que está no livro. Respondi sua pergunta? Você ainda está em dúvida com alguma coisa?
m a r a v i l h o s o resumo!!!
ResponderExcluirParabéns e obrigada
Obrigada você! :D
ExcluirMuito obrigado pelo resumo moça, enquanto lia o livro sempre acompanhava aqui, para verificar se lera bem. Muito bom mesmo, ajudou-me bastante.
ResponderExcluirFiquei feliz por ter ajudado! Boa sorte no vestibular :D
ExcluirMuito bom ! Me ajudou dms ! Não consegui entender muito bem o livro, mas com esse resumo, eu entendi ! Obrigado mesmo, ajudou muitooo !
ResponderExcluirQue bom que te ajudou, obrigada pelo comentário :)
ExcluirMuito Bom
ResponderExcluirObrigada :)
Excluiroi boa tarde !!! Grazi você tem o resumo do livro vestido de noiva de Nelson Rodrigues ?
ResponderExcluirOi Jane :)
ExcluirInfelizmente não, fiz apenas os resumos das obras que caem na Fuvest e na Unicamp ...
mto bom !!!!! tenho uma prova amanha e esse seu resumo me ajudou 100%.... alem de ter o melhor resumo que eu achei em toda a internet...tbm tem informações sobre o autor, personagens, mapa e etc.... mto bom... vc tem um grande talento !!!! PARABÉNS !!!
ResponderExcluirMuitíssimo obrigada! Se precisar, no blog você encontrará todos os resumos (no mesmo estilo desse) dos livros da lista da fuvest/unicamp :)
ExcluirParabens Grazi !! Seu resumo, tudo esta otimo, achei o livro chato e nao entendi muito bem, li seu resumo e passei a gostar muito mais da historia, achei interessante parabens mesmo, nunca vi um resumo assim !!! OBG
ResponderExcluirMuito obrigada! Se precisar, no blog você encontrará todos os resumos (no mesmo estilo desse) dos livros da lista da fuvest/unicamp :)
ExcluirMuito legal, está de parabens!
ResponderExcluirObrigada :D
ExcluirParabéns moça, seu resumo é muito bom! Seu talento pra escrita é impressionante e adorei a forma que você escreve, deu pra sentir o quanto ama a leitura e a escrita!!
ResponderExcluirObrigada Bruna!!! :D
ExcluirObrigada pelo resumo, Grazi! A segunda fase da FUVEST é em dois dias, e com tanta coisa pra estudar, ficou faltando SÓ esse livro. Foi a melhor análise que encontrei na internet, os outros sites me confundiram horrores com esse paralelo viagens x história de amor entre Carlos e Joaninha.
ResponderExcluirMuito obrigada e o blog está fantástico, descomplicando Literatura pra galera :)
Carol (@heycaks)
Obrigada Carol! Espero que você tenha ido bem no vestibular!!! ;)
ExcluirViagens na minha terra foi o unico livro da fuvest que eu não li,principalmente por causa dessa linguagem complicada,depois desse resumo acho que consegui entender tudo.Parabéns,ficou ótimo,sua dedicação valeu muito.
ResponderExcluirGiulia, muito obrigada!! =)
ExcluirOlá, gostaria de saber, se o livro é em discurso direto, indireto ou indireto livre. Com alguns exemplos....
ResponderExcluire também se ele tem mais narração, descrição ou dissertação.
Obrigado e Resumo excelente, me ajudou muito
Parabéns pelo trabalho, está magnífico. Tenho certeza que muitos estudantes, assim como eu entenderam bem melhor o livro depois de lê-lo por aqui. Agradeço em nome de todos, obrigada pela ajuda! Resumo excelente, e parabéns novamente Grazi.
ResponderExcluirExcelente resumo!! De todos os que eu li, este está mais completo.. me ajudou bastante a compreender o livro. Parabéns pelo trabalho, agradeço pela publicação!!
ResponderExcluirParabéns pelo resumo, está perfeito, para quem não leu entende perfeitamente, muito obrigada, pois haviam muitas dúvidas quanto a história e seus significados a partir de agora está muito esclarecido, ótimo texto!
ResponderExcluirÓtimo resumo, muito obrigada!!!!
ResponderExcluirCaracterísticas romântico do capítulo 38 e 39
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