sábado, 24 de novembro de 2012

Resumo Viagens na Minha Terra




Bem, pra quem não leu o livro, aqui vai uma introdução da obra, a qual considero a mais difícil da lista Fuvest/Unicamp 2014. Fizemos a imagem para vocês entenderem melhor. Almeida, durante o livro,  faz um relato de suas viagens em Portugal. Ele sai de Lisboa de barco pelo Rio Tejo e desembarca na Vila Nova da Rainha. Dali segue de mula, passando por Azambuja e Cartaxo, até chegar em Santarém. Chegando ao Vale do Santarém, Almeida avista uma casinha com uma janela muito romântica. Um companheiro de viagem, a pedido de Almeida, lhe conta a historia de Joaninha - a menina dos olhos verdes, e Almeida a escreve em seu "diário".

Galera, temos resumos de todos os livros da fuvest/unicamp 2014 no mesmo estilo do resumo abaixo! Naveguem pelo blog e deixem seus comentários! :D
Resumo de Viagens na Minha Terra (1846) - Almeida Garrett


Autor e obra

  O nome verdadeiro de Almeida Garrett era João Baptista da Silva Leitão, o qual nasceu em 1799. Estudou direito em Coimbra a partir de 1816. Em 1818 publicou O Retrato de Vênus, trabalho que lhe custou um processo por ser considerado materialista, ateu e imoral. É neste mesmo ano que ele e sua família passam a usar o apelido de Almeida Garrett.
  Almeida participou da revolução liberal de 1820, seguindo para um exílio na Inglaterra em 1823. Foi na Inglaterra que tomou contato com o movimento romântico, sendo considerado um dos maiores escritores portugueses. Suas obras trouxeram inovações e abriram novos rumos.
 A vitória do Liberalismo permitiu-lhe instalar-se novamente em Portugal. Foi um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal. Falece em 1854, vítima de cancro.


Tempo e espaço

  A ação decorre durante uma viagem que Garrett faz de Lisboa a Santarém (ver mapa). O país estava decaindo, os freis haviam sido substituídos pelos barões, os quais Almeida detestava.
  Parte da historia de Joaninha e Carlos acontece no Vale do Santarém, onde se localizava a casa de Joaninha e sua avó, entre o ano de 1820 e 1840, aproximadamente. Durante tal historia acontecia a Guerra Civil Portuguesa, entre constitucionalistas(a favor da monarquia absolutista) e realistas (liberais e contra D. Miguel), da qual Carlos luta apoiando os realistas.


Personagens

Almeida Garret: escritor do livro, narra sua viagem de Lisboa a Santarém com muita personalidade e opiniões sobre os locais por onde passava. Era liberalista e odiava os barões, símbolo capitalista da época.

Yorick: companheiro de parte da viagem de Almeida que lhe conta a historia de Joaninha - a menina dos olhos verdes.

Joaninha: prima de Carlos, no início da historia se apresenta como menina que proporciona a paz e a felicidade, extremamente amorosa, dócil e ingênua. Depois, se torna uma moça encantadora, mas não perde suas características. Era a única da família que não sabia do segredo terrível que nela pairava. Possuía aversão ao Frei Dinis.

Carlos: primo de Joaninha, ao passar dos anos foi corrompido pela sociedade, ficando no final extremamente degradado. Possuía um caráter difícil de ser entendido. Sabia parte do segredo terrível e por isso decidiu partir para a guerra. Não suportava o Frei Dinis (pois sabia que ele havia matado seu “suposto” pai). Em sua pequena estadia na Inglaterra se aproxima de uma família rica (através de mentiras) e se apaixona pelas três filhas do casal. Muito apegado a Joaninha, inicialmente como uma espécie de irmã e depois como mulher.

D. Francisca - avó de Joaninha e de Carlos: cheia de remorsos, ficou cega quando Carlos partiu para a guerra, pois foi quando o Frei Dinis lhe contou todo o terrível segredo.

Frei Dinis: homem velho, cansado e sofrido. Era autor de um terrível segredo, e por isso decidiu ser frei (tentativa de se livrar dos remorsos, não obtendo sucesso). Possuía fortíssimos princípios e opiniões. Em todo o decorrer da historia, é odiado por Carlos, pela D. Francisca, e por Joaninha.

Julia, Laura e Georgina: irmãs nobres e inglesas extremamente bonitas, angelicais e ingênuas. Gostavam muito de Carlos e ele se apaixonou por cada uma delas, em momentos diferentes.


Análise da obra

- o livro é uma espécie de diário em que Almeida escreve no decorrer de sua viagem, fazendo suas anotações.

- mistura de estilos e de gêneros: linguagem ora clássica ora popular, ora jornalística ora dramática, ressaltando a vivacidade de expressões e imagens.

- análise da situação política e social do país, sendo que há uma simbologia em que Frei Dinis e Carlos representam: no primeiro é visível o que ainda restava de positivo e negativo do Portugal velho e absolutista; o segundo representa, até certo ponto, o espírito renovador e liberal.

- o fracasso de Carlos é em grande parte o fracasso do país que acabava de sair da guerra civil entre miguelistas e liberais e que dava os primeiros passos duma vivência social e política em moldes modernos.

- é um romance histórico.

- quando Almeida conta suas viagens é um narrador em primeira pessoa.

- quando Almeida conta a historia de Joaninha é um narrador onisciente e em terceira pessoa.

- percebe-se que Almeida “complementa” a historia de Joaninha que lhe foi contada por seu companheiro. Por exemplo, há momentos em que ele consegue ver as poesias que só existiam no pensamento de Carlos.

- conforme Almeida vai viajando, ele conta detalhadamente o lugar por onde passa, mencionando a historia, as características e as construções dele, emitindo em quase tudo sua opinião.

- no livro, Almeida critica duramente os barões(símbolo do capitalismo na época - materialismo puro).

- repleto de digressões, em que o autor para o que está contando e escreve seus pensamentos sobre as mais diversas coisas.

- na época em que o livro foi escrito os freis haviam sido substituídos pelos barões. Almeida não gostava dos dois. Na realidade até apoiou o “fracasso” dos freis, mas quando conheceu as atitudes dos barões, mudou de ideia. Entre um e outro, preferia os freis.

- Almeida era extremamente contra a ciência e o progresso (típico do Romantismo).

- Joaninha passa a ter grande aversão ao Frei Dinis depois que sua avó, D. Francisca, ficou cega.

- No final do livro Carlos, já sem a capacidade de sentir e amar, se torna um barão, sendo mais uma crítica a essa classe social materialista.


Síntese

   Almeida está em Lisboa quando começa a pensar em viajar por Portugal, partindo para Santarém. Sua pena, “pobre e soberba” (Capítulo 1), queria uma assunto melhor para escrever do que as “viagens” que ele fazia em seu quarto nas noites de verão (alusão ao livro “Viagens ao Redor do Meu Quarto” escrito por Xavier de Maistre), olhando as poucas árvores e o Rio Tejo. Se ele viajasse sua pena iria ter muito o que escrever.
    Sua decisão foi tomada por estar abalado pelas instâncias de um amigo de Santarém (Manuel Passos) e quando um jornal, que soube seu interesse em viajar, disse em uma publicação que ele o faria por política.E ele foi: “pronunciei-me” (Capítulo 1).
   No dia 17 de julho de 1843 ele partiu junto com seus companheiros em um barco lerdo, que jamais ganharia uma regata de vapores (disputa da época entre barcos). Almeida vai admirando a Lisboa oriental: “a mais bela e grandiosa parte da cidade” (Capítulo 1).
   Quando o barco passa pela Vila Franca (ver o mapa acima), o autor comenta com seus companheiros e escreve o fato de uma restauração feita ali ter desabado. A questão não era de "restaurar nem de não restaurar, mas de se livrar a gente de um governo de patuscos, que é o mais odioso e engulhoso dos governos possíveis” (Capítulo 1). Continuando o pensamento ele chega a conclusão que o desabamento ocorreu porque era a “ordem das coisas, e que por força havia de suceder” (Capítulo 1).
   No barco se encontrava vários grupos, Almeida e seus companheiros estavam com um grupo de campinos (atletas que corriam atrás de touros em espetáculos) e um grupo de ílhavos (campestres que cuidavam de plantações ao redor do Rio Tejo, tendo que enfrentar muitas vezes tempestades).
   Depois de uma longa discussão (que atraiu muitos espectadores) para ver qual grupo era mais forte, os ílhavos venceram, afirmando que quem controla uma tempestade é mais forte do que quem controla um touro, sendo aplaudidos.
   Certa vez um filósofo escreveu que para o progresso há dois princípios: a espiritualidade (representada por D. Quixote), e a materialidade, que é o inverso da espiritualidade (representada por Sancho Pança). Como nos livros de Cervantes (autor de D. Quixote) esses princípios tão avessos sempre andam juntos e progridem sempre.
   Almeida afirma que “Viagens na Minha Terra” é esse progresso, sendo que naquela época o mundo era dominado por Sancho Pança e que logo D. Quixote subiria ao poder. Ele afirma que a passagem pelo Rio Tejo é “a marcha do nosso progresso social” (Capítulo 2).
   Eles chegam a Vila Nova da Rainha. Lá Almeida passa a viajar de mula, indo em direção a Azambuja. A estrada até lá era feia e vazia. Almeida se lembrou que certa vez um amigo lhe disse que para as estradas serem boas os ministros tinham que mudar de rua de 3 em 3 meses!
  Azambuja possuía uma população pequena e feliz, era um lugar simples. Quando Almeida visualiza a estalagem onde eles iam descansar e beber algo (era a única no local) se assusta: havia uma mulher feia na porta.
   Almeida, no início do terceiro capítulo, faz uma forte crítica ao capitalismo da época: “Sancho, o invisível rei do século, aquele por quem hoje os reis reinam e os fazedores de leis decretam e aferem o justo!” (Sancho não é o rei, e sim a representação de homens riquíssimos que possuem grande influência) e “Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas de dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?”
   Ainda há mais uma crítica, dessa vez à ciência: “A ciência deste século é uma grandessíssima tola. E, como tal, presunçosa e cheia de orgulho dos néscios” (presunçosa: pretensiosa e néscios: ignorantes). É uma característica do Romantismo a aversão à ciência.
   Antes de terminar com essa digressão, Almeida faz uma última observação: “(...) uma incoerência inexplicável. A sociedade é materialista; e a literatura, que é a expressão da sociedade, é toda excessivamente e absurdamente espiritualista!”.
   Almeida tenta descrever a estalagem onde estava como deveria: com formalidades, ressaltando suas qualidades com comparações ricas. Após tentar, declara que é impossível, porque em tal estalagem nada havia! Ele não queria “caluniar a boa gente de Azambuja” (Capítulo 3), mas acreditava que beleza e mentira não cabiam no mesmo saco.
   Então decidiu contar a verdade: era um lugar simples, mal-cuidado, com uma velha nojenta os recepcionando. Tomaram uma limonada e seguiram a viagem até o “famoso pinhal da Azambuja”.
   Na introdução do Capítulo 4 Almeida já avisa ao leitor que o capítulo é composto só por pensamentos e que o bom leitor deve pular esse capítulo. Já que somos bom leitores, vamos pulá-lo! Pensando bem, é melhor lermos, vai que justo essa parte cai no vestibular hahaha Falando em vestibular, Almeida Garrett influenciou Machado de Assis. Machado, logo nos primeiros capítulos de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, faz o mesmo que Almeida: avisa o leitor que o capítulo seguinte é desnecessário para o entendimento da obra, e que, portanto, pode ser pulado (capítulo que conta os delírios de Brás Cubas, o qual estava doente).
   Almeida afirma que a modéstia é a mais bela qualidade do ser humano, ganhando até da inocência, pois essa é perdida facilmente, enquanto a modéstia é mais “resistente”. Uma moça modesta é o objeto mais lindo de toda a natureza, mas quando ela começa a se atrever, rir desconcertadamente e maliciosamente, falar com as mãos, perde toda a sua graça [coisas da época...].
   Chegando no pinhal da Azambuja, não havia mais a floresta fechada, e sim muitas vinhas, com pouquíssimas árvores. Isso chateou muito Almeida, pois ali ele pretendia construir uma história com personagens e agora não havia mais jeito, pois não havia mais cenário! E em uma mula, abatido, seguiu sua viagem para Santarém.
   Almeida era um forte admirador de “Os Lusíadas” e via nessa obra um único defeito: Camões misturou nela cristianismo com mitologia. Pensou que se Camões tivesse nascido agora, na época romântica, ele não teria cometido esse "erro". Outro pensamento surgiu: “é preciso crer em alguma coisa para ser grande” (Capítulo 6).
   Inconformado, Almeida foi até as Ilhas Beatas falar com o Marquês de Talleurand. Perguntou-lhe o porquê dele ter plantado tantas vinhas naquela região, pois elas haviam invadido e destruído o pinhal de Azambuja. O marquês, muito esperto, se safou perguntando quem agora ia beber todo esse vinho (como se o problema fosse a quantidade de vinho produzido com as vinhas).
   Seguiram viagem até o grande Café de Cartaxo. Almeida faz uma forte repreensão aos lisboetas (pessoas que moram em Lisboa) que não viajavam e ficavam presos aos mesmos lugares, as mesmas pessoas, aos mesmos acontecimentos.
   “O Café é uma das feições mais características de uma terra”, Almeida afirma. Só de analisar o Café de um lugar já se pode perceber o país em que se encontra. Entraram no Café de Cartaxo, um lugar onde reinava “uma frescura admirável”.
   Quando perguntaram de um conhecido o Sr. D, dono do estabelecimento, respondeu dizendo que ele era conhecido em Cartaxo como Alfageme , devido a sua semelhança com o “verdadeiro Alfageme”: um rico homem de Santarém que havia lutado pelos direitos do povo acima de tudo. O que o Alfageme de Cartaxo fez para ser associado com tal figura? Nada demais, apenas se tornou juiz e tinha uma grande lábia com o povo.
   Saíram do Café e com o Dr. D. foram dar um passeio. Cartaxo era um terra nova, que havia ficado famosa há uns 40 anos atrás devido ao vinho, o qual logo perdeu sua fama. Almeida critica fortemente os ingleses que abandonaram a aliança com Portugal, dizendo que sem Portugal eles nada seriam.
  Estava entardecendo e Almeida partiu viagem para Santarém, passando por uma charneca (tipo de vegetação xerófila de Portugal), a qual era tão bonita e inspiradora que provocou em Almeida uma vontade extrema de compor versos. Não os fez, mas foi como se os tivesse feito, pois entrou em um profundo estado poético.
  Esse estado poético foi interrompido quando passaram pelo local onde ocorreu a última revista de Dom Pedro ao exército liberal, depois da Batalha de Almoster, uma das mais sangrentas.
  Uma amarga reflexão invadiu Almeida, que pensava nas guerras civis. Lembrou de quando esteve presente no local onde ocorreu a Batalha de Waterloo: ainda conseguia ver os esqueletos dos assassinados. "Toda a guerra civil é triste. E é difícil dizer para quem mais triste, se para o vencedor ou para o vencido." (Capítulo 8). Toda a beleza da charneca desapareceu, e foi nesse clima que ele chegou à Ponte de Asseca.
  O nono capítulo se inicia com Almeida admirando Ênio Manuel Figueiredo, um escritor que deixou inúmeras peças de teatros melhores do que as que eram apresentadas em seu tempo. Possuía uma admiração especial pela obra “Poeta em anos de Prosa”, principalmente pelo título, acreditando que não havia conteúdo em um livro capaz de descrever tal título.
  Almeida conhecia três grandes poetas do século: Bonaparte (“fez sua Ilíada com a espada” - Capítulo 9), Sílvio Pélico ("fez sua Ilíada com paciência" - Capítulo 9) e o Barão de Rotschild ("fez sua Ilíada com o dinheiro" - Capítulo 9). Os outros escritores, em sua opinião, eram tolos.
  Desde sempre Almeida foi jacobino (seguia Napoleão Bonaparte), mesmo seus pais o repreendendo. Foi para a França conhecer o governo de seu “ídolo” e se decepcionou: o Império, tão bem falado alguns anos antes, já estava em ruínas. Ao menos, lá conheceu a Madame de Abrantes, uma mulher que apesar de idosa era muito graciosa e encantadora.
  Terminando essa digressão, Almeida já estava no vale do Santarém. Um lugar lindo, que não existia em nenhum outro país. Dentre as árvores avistou uma janela, ficou pensando quem poderia morar ali. Se fosse uma mulher, o romance estaria completo. Seu companheiro de viagem lhe contou que ali havia morado a “menina dos rouxinóis” (Capítulo 10). Almeida se interessou pela história e decidiu contá-la.
  Almeida afirma que todo o homem necessita de amor, esse é o alimento do coração. Sem ele, o homem se torna um “maçador terrível” (Capítulo 11). Sendo assim, ele se preocupa se vai conseguir inserir a história de Joaninha no livro, já que suas únicas formas de amor eram uma saudade e uma esperança: “um filho no berço e uma mulher na cova” (Capítulo 11 - Almeida era viúvo e possuía um filho pequeno). Mas se lembrando de uma visão (não disse qual era), teve certeza de que era capaz de fazer tal inserção e começa a contar a história que ouvia de seu companheiro (percebe-se, no decorrer da história, que ele a complementado com detalhes).
  Naquela casa que possuía a janela estava uma velhinha que costurava. Ela era cega e a linha enrolou em seu braço. Ela chamou sua neta, Joaninha, que a ajudou com extrema bondade. Entraram para jantar.
  Depois de jantar o rosto de Joaninha se entristeceu. Ela derramou uma lágrima que caiu na mão de sua avó. Essa a lambeu ( que estranho né? haha) e perguntou porque ela chorava. Quando Joaninha foi responder, o Frei Dinis chegou.
  Almeida conta que os frades foram substituídos pelos barões. Os frades não entenderam as inspirações e aspirações dos romancistas, se isolando. Os barões, infelizmente, eram piores que os frades, pois usaram a influência adquirida de maneira errada (coisa que os frades faziam de maneira correta).
  Voltando a história (quando os Freis já haviam se isolado e sofriam certo escárnio), o Frei Dinis discutiu com a avó de Joaninha, pois essa implorava uma espécie de proteção e de aceitação para o seu neto (Carlos) e o Frei Dinis se recusou a dar, ficando com tanta raiva que até o amaldiçoou. A avó de Joaninha, quando ouviu isso, caiu de joelhos, extremamente agoniada e passando mal. O Frei Dinis a observou e chamou Joaninha, indo embora sem olhar para trás.
  O Frei Dinis acreditava que a sociedade precisava apenas de uma monarquia teocrática, mais do que isso era desnecessário. Acreditava também que a sociedade só precisava das leis do Evangelho: “reforçá-las é supérfluo, melhorá-las impossível, desviar delas monstruoso.” ( Capítulo 15). Ele era contra o liberalismo presente na época na Europa (Revolução Francesa), pois os conceitos de liberdade e igualdade só poderiam ser entendidos e usados da maneira correta coexistindo com uma crença em Deus. Como tal coexistência não acontecia, ele possuía uma visão pessimista do futuro.
  Por que um homem tão opinativo, tão sábio, tão superior decidiu ser frei, se isolar do mundo e manter relações apenas com a família de Joaninha?
  Antes de ser frei, ele se chamava Dinis de Ataíde. Os pais de Joaninha e de Carlos ainda existiam (com exceção da mãe de Carlos, que morreu em seu parto).
  Dinis de Ataíde freqüentou a casa da avó de Joaninha até a morte do pai de Joaninha e do pai de Carlos em uma embarcação, no Rio Tejo.
  A partir desse dia, ele deixou de visitar a casa da avó de Joaninha. A mãe de Carlos, filha de D. Francisca, morreu. Até que Dinis abandonou seu dinheiro e seus criados e se tornou um frade, ficando apenas com uma certa quantidade de dinheiro para ajudar D. Francisca, Joaninha e Carlos.
  E todas as sextas ia visitá-los, ainda quando Carlos e Joaninha eram crianças. Joaninha adorava tudo no frade (opiniões, atitudes), menos sua pessoa: “contradição inaudita e inexplicável” (Capítulo 16).
  Carlos cresceu e foi para Coimbra. Depois de se formar decidiu ir guerrear na Inglaterra ao lado dos realistas, apoiando o liberalismo. O Frei Dinis, que muito de preocupava com Carlos, tentou impedir até o momento em que Carlos disse que sabia...
  O Frei empalideceu, tremia e perguntou o que ele sabia. Carlos afirmou que sabia de algo importantíssimo mas não contou (sabia uma parte do terrível segredo), deixando claro que partiu por causa disso mas sem contar o que exatamente sabia.
  Depois de Carlos partir, o Frei veio e se trancou com Francisca no quarto, tendo uma longa discussão (na qual o Frei lhe contou todo o terrível segredo), e se foi. D. Francisca chorou por 3 dias e ficou cega. “O Frade envelheceu de dez anos naquele dia” e “Nunca mais houve um dia de alegria no vale” (capítulo 16). E as sextas, quando o frei vinha, se tornou o dia negro.
  Passou-se dois anos até chegar aquela sexta em que o Frei amaldiçoou Carlos e D. Francisca passou mal.
  Na sexta seguinte o Frei trouxe notícias de Carlos. Fez questão de dizer coisas horríveis sobre a guerra, deixando Joaninha e sua avó agoniadas e só no final  da conversa disse que Carlos havia mandado uma carta.
   Joaninha abriu a carta e disse que era endereçada somente a ela, mas D. Francisca insistiu que ela lê-se em voz alta. Ela leu, e no final mentiu dizendo que ele pedia a benção de D. Francisca (na verdade ele nem a havia mencionado). Joaninha respondeu a carta e o Frei a levou até Lisboa.
  Passou-se 1 ano, Carlos não respondeu a carta e a guerra estava cada vez mais violenta.
  Os constitucionais venceram uma batalha e adentraram no Vale do Santarém, ficando ali por meses. Ali também se encontrava algumas tropas realistas (lado em que Carlos lutava), porém a casa de D. Francisca ficava no território dos constitucionais. A avó de Joaninha, mesmo doente, cedeu uma parte da casa para os guerreiros.
   Joaninha era sempre bondosa e amável com todos, ganhando o amor e o respeito dos soldados, tanto dos constitucionais quanto dos realistas. Como ficava todo o amanhecer e o entardecer na janela (a mesma que Almeida admirou) ouvindo os rouxinóis, ganhou o apelido de “menina dos rouxinóis”.
   Certa vez Joaninha adormeceu no vale e anoiteceu. Um oficial veio ver que vulto era aquele e se surpreendeu: era Joaninha, e o oficial era Carlos, que havia acabado de chegar naquele campo.
   O reencontro foi feliz e inesperado, pois Joaninha sempre sonhava que Carlos morria na guerra e que  nunca mais poderia vê-lo. Contudo os dois estavam no meio do campo de batalha e tiveram que separar (sendo que Carlos pediu para ela não contar a D. Francisca que ele estava por perto). Carlos até chegou a ser atingido por dois soldados realistas, que o confundiram com um constitucional, mas, felizmente, o tiro pegou de raspão.
  De madrugada ficou pensando em Joaninha: quando ele foi para a guerra ela ainda era uma criança, mas agora era uma donzela linda e encantadora. Seus beijos e abraços no reencontro o deixou transtornado. Amava-a, mas havia prometido a Georgina o seu amor.
  Carlos era poeta, mas não escrevia. Seus pensamentos eram poesia sublimes (o narrador onisciente conseguiu, “por um processo milagroso de fotografia mental” - Capítulo 23 - ver alguns trechos fragmentados dos pensamentos de Carlos).
  Almeida acreditava que havia o homem como Adão Natural (bom e puro) e o Adão Social (ruim e mesquinho). Carlos era um dos Adãos Sociais que mais se aproximava do Adão Natural. Contudo isso foi se perdendo durante a sua vida, devido a sociedade e seus modelos.
  Quando Carlos foi encontrar Joaninha predominava nele o Adão Social: “dúvida, incerteza, vaidade, mentira, deslocavam e anulavam a bela organização daquela alma” (Capítulo 24)
  Carlos não iria ver sua avó, mesmo ela estando doente, havia prometido a si mesmo que nunca mais entraria naquela casa (devido ao terrível segredo). Para Joaninha não perceber, pois ele não queria nem que ela imaginasse que havia um segredo, ele iria “enrolá-la”, dando a desculpa que não iria por causa da guerra já que ele teria que entrar em território inimigo.
  Joaninha e Carlos se encontraram. Ela perguntou sobre a visita a D. Francisca, e ele deu a desculpa da guerra. Joaninha confessou que o amava. Ele, apesar de também amá-la, nada disse (havia prometido amor a Georgina). Joaninha percebeu que ele amava outra mulher, mesmo Carlos dizendo que isso era absurdo. Se beijaram e se foram, ambos extremamente diferentes e transformados.
  Almeida decidi pausar a historia e ir para Santarém. A vila estava atualmente “mal cuidada”, para total decepção de Almeida, o qual sabia que aquele lugar já havia sido grandioso e próspero.
  De uma maneira geral, os monumentos antigos de Santarém haviam sido reconstruídos, perdendo todo o seu valor histórico e sua graciosidade. A situação da vila era culpa das autoridades, dos barões e da própria população, que não sabia dar o devido valor nela.
  Chegaram na casa de Manuel Passos, o amigo citado no início do livro como motivo para Almeida decidir viajar para Santarém. Foram muito bem recebidos e na manhã seguinte Almeida se deparou com um lindo cenário: Santarém e ao fundo, as águas do Rio Tejo (olhe no mapa, a vila Santarém fica ao lado do Rio Tejo). Nele invadiu pensamentos e imagens, mas todos melancólicos e sem esperança.
  A padroeira de Santarém era Santa Ira. Havia duas versões para a sua historia: simples, através de uma trova (ou cantiga) cantada pelo povo, e mais rebuscada, contada pelos membros da Igreja Católica.
  Almeida e os amigos foram andar pela cidade. Foram na porta do Sol, um lugar onde antigamente eram feitas as execuções de pessoas. Lá o amigo de Almeida iria terminar de contar a historia de Joaninha.
  Após Carlos e Joaninha terem se separado naquele encontro em que ambos se transformaram, as tropas começaram a se movimentar. Carlos se preparou, queria morrer.
  No dia seguinte Carlos foi gravemente ferido na batalha. Acordou, em situação grave, no Convento de São Francisco (onde o Frei Dinis morava), em Santarém, sendo olhado por Georgina, que veio lhe visitar e o encontrou ferido no campo de batalha. Carlos disse que ainda a amava e Georgina disse que era mentira.
  Semanas se passaram e Carlos não corria mais o risco de morrer. Georgina o avisou que sua avó e Joaninha foram avisadas só agora de onde ele estava (Georgina e o Frei Dinis esperaram ele melhorar para dar a notícia).
  No decorrer da conversa percebe-se que Georgina e Carlos haviam tido um romance (logo será explicado) e após se separarem começaram a trocar cartas. Porém, Georgina reparou que quando ele chegou em Santarém as cartas mudaram, estavam mais frias e distantes. Então veio atrás dele, o encontrou ferido no campo de batalha e, com a ajuda de Frei Dinis, o trouxe para o Convento.
  Georgina, com tudo isso, conheceu Joaninha e sua avó e percebeu que Joaninha e Carlos estavam apaixonados. Em determinado momento, conversando com Georgina, Carlos amaldiçoa o Frei, que ouvindo adentra no quarto.
  Carlos acusa o Frei de ter matado seu pai e o Frei se joga no chão, pedindo a Carlos que o matasse.
  Georgina se ajoelhou no chão e fez o Frei se ajoelhar também. Com uma voz de anjo perguntou a Carlos se ele não iria perdoar o Frei.
  Some em Carlos toda a raiva e ele se ajoelha também, ficando os três abraçados em longo silêncio. O Frei, algum tempo depois, pergunta se Carlos também não o perdoaria pela “memória” de sua mãe.
  Carlos se enraiveceu e pegou um velador de pau-santo para atirar no Frei com a intenção de matá-lo. Joaninha e sua avó chegam, sendo que a última diz que o Frei Dinis era o pai de Carlos.
  “Carlos caiu por terra sem sentidos” (Capítulo 35). Abriu a ferida (causada na guerra) de seu pescoço que começou a sangrar e com muito esforço foi estancada.
  Georgina aproveitou a situação para dizer a Joaninha que não o amava mais (mentira) e a fez prometer que ela sempre cuidasse de Carlos, por pior que ele se tornasse.
  Foi revelado todo o mistério: o Frei era amante da mãe de Carlos (lembrando que na época ele era apenas o Dinis de Ataíde). O marido dela, quando descobriu o caso, se juntou com o pai de Joaninha e foram matar o Frei. O Frei conseguiu se defender (era noite, não sabia quem o atacava) e matou seus agressores. Após isso, viu que havia matado o marido de sua amante e o pai de Joaninha. Jogou os corpos nos rios.
  A única pessoa para quem o Frei contou foi para sua amante, mãe de Carlos: “vi morrer de pesar e de remorsos, que expirou nos meus braços chorando por ele, e maldizendo-me a mim” (Capítulo 35). Esse “ele” é o marido de sua amante, o homem que Carlos, naturalmente, achava que era seu pai. Essa é a real historia do segredo que o Frei Dinis contou a D. Francisca para ela ter ficado cega.
  Carlos se levantou, beijou a mão de seu pai e abraçou sua avó, a qual disse que finalmente poderia morrer em paz. Saiu do quarto, dizendo que já voltava e não voltou: havia ido novamente para a guerra. Após tudo isso, Carlos havia perdido a capacidade de sentir e de se comover.
  A história pausa novamente, porque Almeida e seus companheiros vão ver o santo milagre, antes que escureça. Dentro de alguns dias a história terminará de ser contada.
  Almeida não conta a história do santo milagre, afirmando que todos já a conhecem. Ele visitou a Igreja que continha o milagre, que era “o resto da partícula consagrada que a judia roubara para seus feitiços” (Capítulo 37).
  No dia seguinte Almeida visitou um colégio e uma igreja, a qual estava muito mal-cuidadosa. O corpo do santo que ficava na Igreja, o santo Frei Gil, foi roubado pelo Frei Dinis há alguns anos atrás, quando a instituição franciscana já havia sido destruída pelos barões. Inconformado, ele roubou o corpo do santo antes que os barões o pegassem e o levou ao antigo mosteiro das claras, onde estaria seguro.
 Almeida “se enche” da decadência de Santarém : “Já me enfada Santarém, já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis, o aspecto desgracioso desses entulhos, a tristeza dessas ruas desertas. Vou-me embora” (Capítulo 41).
  Antes de partir Almeida foi visitar o túmulo do Rei D. Fernando, o qual já havia sido remexido. Almeida enfiou a mão no sepulcro e achou ossos em pó, o crânio de um adulto e o crânio de uma criança. Almeida tentou roubar o crânio do adulto (subtende-se que ele achava que os restos mortais do rei valiam muito para ficar sem alguma proteção), mas desistiu.
  Termina o capítulo falando da decadência de Portugal devido a gana dos barões. Mencionou Jesus, o qual perdoou um assassino, uma adúltera, dentre outros. Porém, quando viu barões agiotando no lugar santo, os expulsou.
  Voltando a historia, Georgina foi para Lisboa junto com D. Francisca e Joaninha meia louca, a qual segurava chorando a única carta que Carlos havia mandado quando estava em Évora-monte.
  Almeida parte de Santarém em direção a Lisboa, com um pouco de pena de abandonar a cidade, contudo estava cansado de lá.
  Na volta passa pela casa de Joaninha. Curioso, se aproxima, deparando-se com o Frei Dinis e com a irmã Francisca.
  Almeida pergunta onde estava Carlos e Joaninha. O Frei responde que Joaninha havia morrido e mostra a longa carta que Carlos mandou a ela quando estava em Évora-Monte.
  Carlos, na carta, começa dizendo que ele a escreveu apenas para Joaninha. Dizia que não a merecia e que não havia mais solução, reconhecia que a sua própria vida estava perdida. Conta-lhe o que aconteceu.
  Logo quando partiu para a guerra e foi para Inglaterra Carlos se aproximou de uma família rica e nobre (mentindo, para agradar a família e conseguir uma aproximação). Nela havia três irmãs lindas e angelicais: Julia (a mais bonita), Laura (a mais fascinante) e Georgina.
  De início Carlos se apaixonou perdidamente por Laura, se declarando. Laura também o amava, o problema é que ela iria se casar com um homem da Índia. Quando soube disso, Carlos sofreu muito: “foi a primeira dor verdadeira que sofri...” (Capítulo 46).
  Carlos e Laura fizeram promessas que ele decide não revelar a Joaninha. Carlos, Georgina e Julia foram levar Laura para viajar à casa de uma amiga da família, na qual ficaria até próximo de se casar.  Quando viu Laura partir sentiu um alívio, como se tirasse um peso dos ombros.
  O pai de Laura foi visitá-la e pediu à Carlos que olhasse Julia e Georgina. Carlos escrevia cartas de amor a Laura, e essa respondia a Julia, a qual as mostrava a ele. Laura deixou um cinto a Carlos, sendo que esse ainda o guardava com muito cuidado e o beijava sempre. Pelas cartas, Julia e Carlos se aproximaram muito: “meu coração que me surpreendia por não saber a qual queria mais” (Julia ou Laura - Capítulo 47).
  Laura voltou para casa e Carlos partiu. Logo Laura se casou e Carlos pode voltar (ele foi embora quando Laura voltou porque era uma promessa que eles haviam feito). Quando chegou, Georgina veio avisar-lhe que Julia estava meio doente. Pela primeira vez Carlos reparou em como ela era linda e se apaixonou.
  Julia se curou e o romance de Carlos e Georgina durou 3 meses. Ele teve que partir para Açores. O seu coração estava repartido pelo mundo: um pedaço na Inglaterra (Georgina e talvez Julia também), na Índia (Laura) e no Vale do Santarém (Joaninha).
  Carlos voltou para Portugal como oficial e reencontrou Joaninha dormindo (o resto a gente já sabe). Quando a viu soube que só a ela tinha amado toda a vida, que tinha nascido para viver com ela. Contudo, com todo o acontecido, Carlos havia perdido a capacidade de sentir, ele não tinha mais coração para dar a Joaninha. “A mulher que me amar há de ser infeliz por força; a que me entregar o seu destino, há de vê-lo perdido” (Capítulo 48).
  A guerra estava terminando e Carlos, se não morresse, pretendia entrar para a política. Pela última vez dá adeus a sua amada Joaninha e a carta termina.
  Almeida devolve a carta ao Frei Dinis e pergunta o que havia acontecido. Carlos havia engordado e se tornado barão: estava irreconhecível.
  Joaninha, com o tempo, enlouqueceu e morreu nos braços de Georgina e de D. Francisca. Desde esse dia, D. Francisca não falava mais, sua alma estava morta. O Frei só esperava seu corpo morrer para enterrá-lo. Georgina voltou para a Inglaterra, montou um convento e se tornou abadessa.
  Almeida os deixou, sentia a morte ali. Voltou triste e pessimista para Lisboa.
  E assim termina o livro. Almeida confessa que de todas as viagens que podia fazer pelo mundo, as que mais lhe agradava eram as viagens na sua terra. O autor ainda deixa claro que não viajaria em trens em Portugal, pois as estradas foram construídas pelos barões, finalizando o livro com essa última crítica aos capitalistas da época.

Texto e imagem de Graziella Toffolo Luiz

Olá gente! Ultimamente o blog vem recebendo muitas visualizações :) Curtam nossa página no face e se precisarem de qualquer tipo de ajuda (algo que não entendeu dos resumos, escolha de curso, dicas etc) estamos dispostos a ajudar! Um beijo ♥ www.facebook.com/televestibular

71 comentários:

  1. Muito bom!! Obrigada, adorei seu blog :)

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  2. Excelente! Achei o texto do livro complexo, se não fosse por este resumo, não teria entendido metade da obra. Meus sinceros agradecimentos. *w*

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  3. Muito bom,só poderia mudar um pouco o backgroud pois atrapalha muito na leitura! Obrigado.

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    1. Melhorou com esse plano de fundo? E obrigada ♥

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    2. Melhorou sim! Obrigado :D #Gregory

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  4. Obrigado resumo muito bom! bj

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Fiquem a vontade para ver todos os outros resumos das obras fuvest/unicamp, são nesse mesmo estilo, super completos! :)

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  7. Aiim, muito obrigada, você realmente salvou a minha vida, tenho uma prova desse livro amanhã e não havia entendido nada ! Eu e a minha turma estávamos desesperados, pois ninguém havia entendido, mas depois de ler esse blog, acho que eu vou me sair bem, Muito Obrigada mesmo !

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    1. Olá Duda, obrigada você por ter lido! E fique a vontade para compartilhar com sua turma o resumo :) E não se esqueça, se você tiver mais alguma prova sobre livros da fuvest/unicamp, passe no blog e de uma olhadinha :D beijos ♥

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  8. Sensacional! Meus parabéns.

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  9. Primeiramente, devo agradecer pelo excelente trabalho, já li as obras e, com todas as características e pontos principais que deixa em foco, facilmente qualquer pessoa, tendo lido as obras ou não, esta apta a realizar provas e fazer analise entre obra e contexto histórico.
    É realmente o melhor resumo que encontrei, continue com o ótimo trabalho e boa sorte!

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  10. Parabens pelo resumo!!!!!!!!!! Com certeza absoluta você tem o dom da escrita, da leitura... e obrigada pela ajuda sobre esse livro tão complexo e dificil.. beijinhos

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    1. Me senti lisonjeada com o seu comentário, muito obrigada! ♥

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  11. Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito bom ! salvou minha vida haha n_n ~ obrigada mesmo!

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  12. Muito Bom ,Adorei me ajudou muito em meu trabalho ! *-*
    Mas poderia me ajudar em outra coisa ? ;c
    Eu precisava Resumir esse Romance todo em 5 PALAVRAS, você tem um ideia para me ajudar ?

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    1. Como assim, em 5 palavras? Tem que exatamente ser 5 palavras? Pode ser palavras aleatórias ou tem que formar um frase?

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  13. Eu to precisando os nomes de todos personagens e suas respectivas análises, o espaço, tempo e foco narrativo. Você poderia me ajudar?

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    1. Personagens e suas características estão logo no início do resumo. Tempo e espaço também estão no início. Já o foco narrativo se divide em 2: quando Almeida conta suas viagens é um narrador em primeira pessoa; quando Almeida conta a historia de Joaninha é um narrador onisciente em terceira pessoa.

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  14. NOSSA muito obrigado vc nao faz ideia de como me salvou, minha prova é semana q vem e eu nao tinha entendido nada desse livro, muito obrigado mesmo. Seu resumo é muito completo,e é o melhor que já li (:

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  15. parabens pelo resumo! eu li o livro e achei um dos poucos resumos tão bem detalhados. pontos positivos por ter comentado os primeiros paragrafos, ignorados pela maioria!

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  16. a síntese de outros sites que está errada ou esse?

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    1. A de outros, eles misturam muitas coisas para facilitar e resumir a explicação ... Não acredito que essa seja a maneira certa de fazer um resumo, pois a pessoa que não leu o livro irá estudar mentiras ...

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  17. eu me perdi entre o cap 16 e 23

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  18. Oi, gostei muito do seu resumo, mas eu tenho umas perguntas aqui que minha professora passou e preciso de ajuda por favor.
    Qual o crime que Cralos pensava ter cometido com o Frei Dinis? E quais os crimes que efetivamente cometeu?

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    1. Obrigada! Bom, essa pergunta só faz sentido se for assim "Qual o crime que Carlos pensava que o Frei Dinis cometeu? E quais os crimes que o Frei Dinis efetivamente cometeu?" , pois da maneira que está escrito dá a entender que o Frei Dinis e Carlos cometeram um crime juntos, e isso não ocorre no livro inteiro. O crime que Carlos pensava que o Frei Dinis havia cometido era que o Frei Dinis havia matado seu pai. Por isso Carlos parte para a guerra e abandona o vale do Santarém. Mas na realidade o Frei Dinis era amante da mãe de Carlos (e pai de Carlos), e em uma noite, o pai de Carlos e o pai da Joaninha foram na casa do Frei Dinis (ainda Dinis de Ataíde)porque haviam descoberto a traição e o Frei Dinis não viu quem era e se defendeu, matando o pai de Joaninha e o marido da mãe de Carlos. Ele contou isso apenas a sua amante, mãe de Carlos, que passou a odiar o Frei Dinis e morreu de tristeza. Para entender melhor lê a parte que eu separei pra você abaixo, ok? E se não tiver entendido algo, não hesite em perguntar de novo. Espero que tenha ajudado :)

      Sua pergunta está clara nessa parte do resumo:
      "Carlos acusa o Frei de ter matado seu pai e o Frei se joga no chão, pedindo a Carlos que o matasse.
      Georgina se ajoelhou no chão e faz o Frei se ajoelhar também. Com uma voz de anjo perguntou a Carlos se ele não iria perdoar o Frei.
      Some em Carlos toda a raiva e ele se ajoelha também, ficando os três abraçados em longo silêncio. O Frei, algum tempo depois, pergunta se Carlos também não o perdoaria pela “memória” de sua mãe.
      Carlos se enraiveceu e pegou um velador de pau-santo para atirar no Frei com a intenção de matar. Joaninha e sua avó chegam, sendo que a última diz que o Frei Dinis era o pai de Carlos.
      “Carlos caiu por terra sem sentidos” (Capítulo 35). Abriu a ferida do seu pescoço, começou a sangrar e com muito esforço foi estancada.
      Georgina aproveitou a situação para dizer a Joaninha que não o amava mais (mentira) e a fez prometer que ela sempre cuidasse de Carlos, por pior que ele se tornasse.
      Foi revelado todo o mistério: o Frei era amante da mãe de Carlos (lembrando que na época ele era apenas o Dinis de Ataíde). O marido dela, quando descobriu o caso, se juntou com o pai de Joaninha e foram matar o Frei. O Frei conseguiu se defender (era noite, não sabia quem o atacava) e matou seus agressores. Após isso, viu que havia matado o marido de sua amante e o pai de Joaninha. Jogou os corpos nos rios.
      A única pessoa para quem o Frei contou foi para sua amante, mãe de Carlos: “vi morrer de pesar e de remorsos, que expirou nos meus braços chorando por ele, e maldizendo-me a mim” (Capítulo 35). Esse “ele” é o marido de sua amante, o homem que Carlos, naturalmente, achava que era seu pai. Essa é a real historia do segredo que o Frei Dinis contou a D. Francisca para ela ter ficado cega.
      Carlos se levantou, beijou a mão de seu pai e abraçou sua avó, a qual disse que finalmente poderia morrer em paz. Saiu do quarto, dizendo que já voltava e não voltou: havia ido novamente para a guerra. Após tudo isso, Carlos havia perdido a capacidade de sentir e de se comover. "

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  19. Eu amei o resumo, apesar de que a forma com que vocês elaboraram-o foi bem ruim. Não há como saber onde começa alguns capítulos, nem ao menos onde terminam. Muitos erros de português, incoerência de muitas partes e falta de conhecimento sobre pontuação.

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    1. Olá! Obrigada pela crítica. Realmente fiz o resumo um pouco "correndo" pois queria colocá-lo no blog antes da primeira fase da Fuvest 2013. Agora estou na universidade, final de semestre, cheia de coisas pra fazer... Mas vou revisá-lo durante as férias de julho ok? Em relação aos capítulos, alguns preferem com divisões, outros sem. Para os próximos resumos vou tentar demarcar os capítulos. Se você puder ajudar, coloque trechos em que não achou coerência ou que achou erros de português :D

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  20. Oii Muito bom o resumo mas surgiu uma dúvida aqui... A história de Carlos e Joaninha é real ? Fiquei com essa dúvida quando o Almeida vê a casa e se encanta pelo lugar e pergunta a seu amigo quem é a tal garota que estava na Janela... E seu amigo responde que é a garota dos rouxinóis... E a outra pergunta é... A história de Joaninha é narrada pelo amigo de Garrett ou é Garrett que inventa e conta a história enquanto passei por Santarém ?

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    1. Obrigada! Bom, subentende-se que a história é real sim, pois ao passar pela casa surge o assunto da história da "menina dos rouxinóis" que é contada pelo amigo de Garrett. No final do livro, quando Garrett está deixando Santarém e passa novamente pelo Vale do Santarém ele encontra o Frei Dinis e a avó de Joaninha, sendo que o Frei termina de contar o resto da história.
      O Yorick, companheiro de viagem de Garrett, conta a história para ele e ele escreve em seu diário. É essa história escrita por Garrett que está no livro. Respondi sua pergunta? Você ainda está em dúvida com alguma coisa?

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  21. m a r a v i l h o s o resumo!!!


    Parabéns e obrigada

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  22. Muito obrigado pelo resumo moça, enquanto lia o livro sempre acompanhava aqui, para verificar se lera bem. Muito bom mesmo, ajudou-me bastante.

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    1. Fiquei feliz por ter ajudado! Boa sorte no vestibular :D

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  23. Muito bom ! Me ajudou dms ! Não consegui entender muito bem o livro, mas com esse resumo, eu entendi ! Obrigado mesmo, ajudou muitooo !

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  24. oi boa tarde !!! Grazi você tem o resumo do livro vestido de noiva de Nelson Rodrigues ?

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    1. Oi Jane :)

      Infelizmente não, fiz apenas os resumos das obras que caem na Fuvest e na Unicamp ...

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  25. mto bom !!!!! tenho uma prova amanha e esse seu resumo me ajudou 100%.... alem de ter o melhor resumo que eu achei em toda a internet...tbm tem informações sobre o autor, personagens, mapa e etc.... mto bom... vc tem um grande talento !!!! PARABÉNS !!!

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    1. Muitíssimo obrigada! Se precisar, no blog você encontrará todos os resumos (no mesmo estilo desse) dos livros da lista da fuvest/unicamp :)

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  26. Parabens Grazi !! Seu resumo, tudo esta otimo, achei o livro chato e nao entendi muito bem, li seu resumo e passei a gostar muito mais da historia, achei interessante parabens mesmo, nunca vi um resumo assim !!! OBG

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    1. Muito obrigada! Se precisar, no blog você encontrará todos os resumos (no mesmo estilo desse) dos livros da lista da fuvest/unicamp :)

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  27. Muito legal, está de parabens!

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  28. Parabéns moça, seu resumo é muito bom! Seu talento pra escrita é impressionante e adorei a forma que você escreve, deu pra sentir o quanto ama a leitura e a escrita!!

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  29. Obrigada pelo resumo, Grazi! A segunda fase da FUVEST é em dois dias, e com tanta coisa pra estudar, ficou faltando SÓ esse livro. Foi a melhor análise que encontrei na internet, os outros sites me confundiram horrores com esse paralelo viagens x história de amor entre Carlos e Joaninha.

    Muito obrigada e o blog está fantástico, descomplicando Literatura pra galera :)

    Carol (@heycaks)

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    1. Obrigada Carol! Espero que você tenha ido bem no vestibular!!! ;)

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  30. Viagens na minha terra foi o unico livro da fuvest que eu não li,principalmente por causa dessa linguagem complicada,depois desse resumo acho que consegui entender tudo.Parabéns,ficou ótimo,sua dedicação valeu muito.

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  31. Olá, gostaria de saber, se o livro é em discurso direto, indireto ou indireto livre. Com alguns exemplos....
    e também se ele tem mais narração, descrição ou dissertação.
    Obrigado e Resumo excelente, me ajudou muito

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  32. Parabéns pelo trabalho, está magnífico. Tenho certeza que muitos estudantes, assim como eu entenderam bem melhor o livro depois de lê-lo por aqui. Agradeço em nome de todos, obrigada pela ajuda! Resumo excelente, e parabéns novamente Grazi.

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  33. Excelente resumo!! De todos os que eu li, este está mais completo.. me ajudou bastante a compreender o livro. Parabéns pelo trabalho, agradeço pela publicação!!

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  34. Parabéns pelo resumo, está perfeito, para quem não leu entende perfeitamente, muito obrigada, pois haviam muitas dúvidas quanto a história e seus significados a partir de agora está muito esclarecido, ótimo texto!

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  35. Ótimo resumo, muito obrigada!!!!

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  36. Características romântico do capítulo 38 e 39

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